O Jogo

BENFICA UM A UM

- — VÍTOR RODRIGUES

Nélson Semedo 7 Com o Benfica acantonado na defesa, foi o primeiro a chegar-se à frente, a criar desequilíb­rios. Isto antes de ser empurrado para trás pelo excesso de rivais na sua zona defensiva. E, nesse capítulo, fez da velocidade uma arma de defesa, que lhe permitiu perder poucos lances e eliminar várias mãos-cheias de jogadas de perigo.

Luisão 8 Pelo ar ou à flor da relva, tudo fez para sair em ombros do seu jogo 500 de águia ao peito. Em versão muralha, somou inúmeros desarmes em situação de golo à vista, na proteção a Nélson Semedo e até a Lindelof. E ainda foi seu o cabeceamen­to que empurrou Mitroglou para o golo que valeu o triunfo. Lindelof 6 Menos efetivo do que o capitão, também colecionou desarmes providenci­ais, mas passou por momentos de menor concentraç­ão, que poderiam ter tido custos.

Eliseu 5 As desmarcaçõ­es de Dembélé nas suas costas criaram algumas situações de apuro para a sua defesa, mas nunca virou a cara à luta e sobreviveu à avalanche.

Fejsa 4 O sérvio quase parece um polvo na maioria dos jogos pela capacidade de estender a sua ação a uma grande extensão do relvado, mas ontem atuou de tentáculos encolhidos, não foi pressionan­te, revelou atrapalhaç­ão com a bola nos pés e ainda cometeu um penálti. Respirou de alívio com o oxigénio exalado por Ederson e com a entrada de Filipe Augusto.

Pizzi 5 Enleado pela forma intensa como o adversário jogou, não pegou no jogo, limitou-se a tentar desarmes e cortar linhas de passe. Com a bola nos pés foi lento nas decisões e veio à tona só com Filipe Augusto no miolo. Marcou o canto que deu golo.

Salvio 7 Se Nélson Semedo tinha o guião inicial de saída de bola em velocidade, também mostrou ter ido às aulas de Rui Vitória com várias incursões pelo flanco direito a prender a defesa contrária e a permitir à equipa momentos de folga. Faltoulhe apenas lucidez na definição dos lances. Carrillo 5 Tentou sair em drible da linha recuada, mas a pressão e coesão do lado direito da defesa visitante impediu-o de atingir o patamar exibiciona­l do último jogo e que lhe valeu a estreia a titular na Champions. Saiu ao intervalo.

Rafa 5 Titular pela indisponib­ilidade de Jonas, não entrou no jogo, por culpa própria e pela forma encolhida como o Benfica jogou. Correu muito a cortar linhas de passe, foi até quem mais o fez (6 km) na primeira parte, mas quase sempre sem bola. Com ela, complicou no contra-ataque e deu pouco apoio a Mitroglou.

Mitroglou 7 Referência na frente, qual farol, tentou segurar jogo para permitir a subida da equipa, caiu em cima dos defesas adversário­s e viu a sua abnegação premiada com o golo da vitória. Bateu-se, pressionou e na hora certa não faltou ao “apelo” de Luisão.

Filipe Augusto 7 A equipa recompôs-se com o brasileiro em campo, pela pressão que exerceu na saída de bola do Dortmund e ainda por ter tentado ele próprio carregar a equipa para o ataque.

Cervi 6 Mais raçudo do que Carrillo e até Rafa, o argentino ajudou a equilibrar defensivam­ente a equipa.

Jiménez 5 Ainda forçou um amarelo, mas pareceu preso de movimentos e pouco intenso.

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