O Jogo

Pinto da Costa nega guarda-costas

Julgamento do processo Operação Fénix começou. Já tem sessões agendadas até setembro

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Foi com enorme aparato policial junto dos Bombeiros Voluntário­s de Guimarães que decorreu a primeira sessão do processo Operação Fénix. Pinto da Costa, o arguido mais mediático e que está acusado de sete crimes de exercício ilícito da atividade de segurança privada, chegou em silêncio, teve uma altercação com uma jornalista à saída do carro (a quempediup­ara“nãoserment­irosa nem provocador­a”), entrou erradament­e numa confeitari­a devido à confusão gerada e ainda tirou uma selfie com um adepto. Depois prestou declaraçõe­s em tribunal, estando uma hora a responder às questões do coletivo de juízes, presidido por Miguel Teixeira. Foi aí que negou alguma vez ter tido “guarda-costas” e garantiu andar sozinho “em todo o lado, sem segurança”, e que nunca teve nenhum contacto com a SPDE – detida por Eduardo Silva, o principal arguido – para lá do protocolad­o entre a empresa e o FC Porto. A exceção foi a vigilância a uma casa de família pedida à SPDE, porque “vinha sendo assaltada há meses”.

Pinto da Costa admitiu que “algumas vezes” se fez acompanhar de elementos da SPDE apenas para evitar ser “asfixiado” pelo “carinho” dos adeptos, dando como exemplo as visitas à Casa do FC Porto da Afurada. “É claro que não precisava de guarda-costas, isso era até ofensivo para aquela gente. Era preciso criar um espaço de segurança para evitar que as pessoas caíssem em cima de mim”, afirmou.

Dizendo não conhecer ao pormenor o contrato entre o FC Porto e a SPDE, usou até o Governo para se defender. “Nunca me passou pela cabeça que a ação do sr. Eduardo não estivesse incluída no contrato. Nem podia admitir que houvesseal­gumaincomp­atibilidad­e. Cheguei a ver elementos a proteger membros do Governo, provavelme­nte para impedir assédio”, atirou. Em causa, segundo a acusação, está o facto de a SPDE não ter alvará para proteção pessoal de pessoas, mas apenas de instalaçõe­s. À tarde, Antero Henrique, também arguido, não prestou declaraçõe­s.

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Pinto da Costa foi ouvido no âmbito da Operação Fénix

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