Olho no olho evitou saídas
Central ressalta que confiança do presidente foi determinante para o sucesso
Camisola 4 confirma que recebeu propostas nos últimos anos para deixar a Luz e reforça que, apesar de pensar no tetracampeonato, sonha com a conquista da Liga dos Campeões
Quase 15 anos no futebol português, 500 jogos (318 vitórias, 95 empates, 87 derrotas e 45 golos) e 17 títulos expressivos. Luisão, conforme o próprio presidente Luís Filipe Vieira destacou no evento festivo ontem na Luz, é uma “memória viva” no Benfica. Uma trajetória que por várias vezes esbarrou em propostas para sair e esteve perto de ser interrompida.
“Recebi propostas, como outros jogadores do Benfica costumam receber, jogadores que, se estão aqui, é porque têm muita qualidade. Nestas ocasiões [de negociações], o principal foco era a conversa olho no olho que tinha com o presidente”, explicou o central, sem dar a entender que já chegou a estar com um pé fora do clube, como no início da época, quando negociou com o Wolverhampton.
Hoje, como titular absoluto da defesa encarnada mesmo aos 36 anos, o capitão garante ainda que a confiança do líder das águias foi determinante para o sucesso no clube.
“Ao longo desses últimos anos, tenho dito com muito orgulho que o Benfica faz parte da minha vida. Agora, com mais orgulho ainda, sinto que entro na história do clube. Sou abençoado. Agradeço a todos aqueles que me ajudaram, a Deus, aos adeptos que nos carregam em todos os lugares, aos meus companheiros e colegas, aos treinadores que passaram na minha carreira e aos funcionários que trabalham de forma árdua para não nos faltar nada. Estou muito grato, de coração. Agradeço também a Rui Costa e, principalmente, a Luís Filipe Vieira, que me foi buscar no Brasil ainda miúdo e que acreditou em mim. Fiz 500 jogos, mas, se calhar, não teria passado do primeiro se não fosse pelo presidente. Obrigado”, agradeceu.
Sem escolher o momento mais marcante de águia ao peito, o ídolo encarnado fez questão de ressaltar que o tetracampeonato inédito da Liga é a grande meta da época. Mas não deixou de mencionar o maior sonho: a Champions.
“Eleger o melhor momento? É complicado [risos]. Prefiro destacar quando passo pelo túnel até pisar no relvado, todas as vezes que faço o caminho para treinar e o abraço que dou na minha esposa e nas minhas filhas depois dos jogos”, explicou. “O primeiro foco hoje é o título mais próximo, que é a Liga. Depois temos a Taça de Portugal e, em seguida, o grande sonho que é a Champions. Trabalhamos forte para isso, mostramos contra o Dortmund que estamos empenhados. É o grande sonho”, finalizou.
“O primeiro foco é o título mais próximo, que é a Liga. Depois temos a Taça de Portugal e, em seguida, o grande sonho, a Champions” “Fiz 500 jogos, mas, se calhar, não teria passado do primeiro se não fosse pelo presidente Luís Filipe Vieira” “O Benfica faz parte da minha vida. Hoje, com mais orgulho ainda, sinto que entro na história do clube”
Luisão Central do Benfica