“Acredito que o Benfica voltará”
Sente que FC Porto e Sporting fizeram evoluir o ciclismo nacional e recorda o clube que representou Rui Costa nunca correu a Volta a Portugal e acompanha o pelotão nacional à distância, agradando-lhe verificar que está a sair da crise dos últimos anos. Ga
“O FC Porto é muito forte. Não mudou muito o plantel, mas sempre teve uma equipa fortíssima. O Sporting reforçou-se a valer neste ano” “Voltar é assunto em que nem sequer penso. Ainda tenho muitos anos pela frente e no WorldTour”
Rui Costa
Ciclista
Rui Costa emigrou em 2009, tinha apenas 22 anos. Saltandodiretamentedaequipa de sub-23 do Benfica para a Caisse d’Epargne – atual Movistar –, nunca chegou a correr a Volta a Portugal. Habituado a ver o ciclismo nacional à distância, pois a Portugal só regressou nos anos seguintes para fazer a Volta ao Algarve (com um terceiro e dois quintos lugares) e os Campeonatos Nacionais (já foi campeão de estrada e de contrarrelógio), sente-se agradado ao registar uma evolução depois da entrada de dois grandes clubes. Como vê o ciclismo português com W52FC Porto-Mestre da Cor e SportingTavira? —Está diferente. O FC Porto é muito forte. Não mudou muito o plantel, mas sempre teve uma equipa fortíssima. O Sporting reforçou-se a valer neste ano. Tem corredores para fazer frente ao FC Porto. Isso é muito bom, até porque há mais equipas a investir. Não acompanho por dentro – este ano, fui vendo as Voltas ao Algarve e Alentejo e senti um pelotão mais uniforme –, mas perceboqueháumcrescimento e isso é bom, significa melhorar as condições financeiras dos corredores, que viveram anos muito maus. E falta aquele grande que o Rui Costa representou, o Benfica… —Lembro-meperfeitamente. Foiumaequipaquemeajudou a crescer, como pessoa e atleta. Deram-me a possibilidade de correr como profissional e de ir a provas internacionais e aprendi muito. Tenho boas recordações daqueles dias. Acredito que mais cedo ou mais tarde também veremos o Benfica de regresso. Coloca a hipótese de terminar a carreira numa equipa portuguesa? —É assunto em que nem sequer penso, ainda não estou preparado para as perguntas ao estilo de ‘quando acabares’. Tenho muitos anos pela frente, espero aguentar muitos no WorldTour, portanto não tenho nada planeado para um futuro a longo prazo. Ainda está a crescer como corredor do WorldTour, ou já atingiu o auge? —Aprende-se sempre. Espero continuar a evoluir. Os 30 anos deram-me tranquilidade, que é muito importante. Conhecer as provas, ter experiência, é importante para um ciclista.