O Jogo

Jardim despachou Guardiola

Espanhol nunca tinha sido afastado antes das meias-finais

- ANTÓNIO PIRES

Bernardo Silva fez a assistênci­a para o primeiro golo monegasco

Equipa de Jardim realiza uma primeira parte de sonho e chega a ganhar por 2-0 ao intervalo. Citizens respondem após o descanso e fazem o golo que os apurava, mas o Mónaco não desiste e qualifica-se

bbb Um cabeceamen­to certeirode Bakayoko valeu ao Mónaco o3-1qu editou o apuramento da equipa de Leonardo Jardim para os quartos de final. É a segunda vez que o treinador português consegue atingir estafase daprova–em 2014/15, eliminara o Arsenal para chegar aos “quartos” – e pelo caminho fica o Manchester City de Pep Guardiola – o espanhol, pela primeira vez na carreira, falha as meias-finais da Champions após quatro presenças com o Barça e três com o Bayern.

Depois do 5-3 em Inglaterra, num dos mais fantástico­s desafios da Liga dos Campeões de que há memória, outro grande jogo no Estádio Louis II, embora completame­nte diferente. Se no Etihad houve uma partida de parada e resposta, ontem, assistiu-se a uns primeiros 45’ em que parecia só existir uma equipa em campo: o Mónaco. Com uma pressão alta impression­ante, o conjunto de Jardim asfixiou por completo o City que nem um remate fez.

Foi um verdadeiro banho de bola, sustentado na solidez dos centrais, na alta rotação dos laterais, no poder físico dos médios Fabinho e Bakayoko, na classe de Lemar e Bernardo Silva – uma delícia ver o seu génio à solta –, na inteligênc­ia de Germain e na irreverênc­ia e velocidade do fenómeno Mbappé (18 anos). E foram necessário­s apenas oito minutos para chegar o primeiro golo, numa jogada em que Bernardo Silva assistiu Mbappé para um desvio à boca da baliza.

Vulgarizan­do jogadores da estirpe de David Silva, De Bruyne e Aguero, o Mónaco passou pela primeira vez para

a frente da eliminatór­ia aos 29’. Lemar combina com Mendy que cruza rasteiro para o remate certeiro de Fabinho. Ao descanso, o resultado só pecava por escasso.

Demorou a reagir o City, mas, quando o fez, foi demolidor, como tinha sido o Mónaco anteriorme­nte. A partir dos 50’, começou a acertar as marcações, a ganhar finalmente bolas divididas e aproveitan­do a menor pressão do rival – seria impossível manter o ritmo da primeira parte – sucederam-se os lances de perigo junto da baliza de Subasic. O croata foi decisivo no adiar do golo doscitizen­s, nomeadamen­te duas vezes diante de Aguero, mas nada pôde fazer aos 71’. O guarda-redes ainda defendeu um primeiro remate de Sterling, mas Sané – que antes, isolado, atirara ao lado – surgiu rápido para fazer a recarga vitoriosa.

Os adeptos locais terão temido a repetição do sucedido na primeira mão, quando a vantagem de 3-2 acabou numa derrota por 5-3. Contudo, se em Inglaterra as bolas paradas deram a reviravolt­a aos ingleses, ontem provaram do mesmo veneno: aos 77’, um livre de Lemar encontrou a cabeça de Bakayoko e Caballero nada pôde fazer. Jardim lançou então Moutinho para segurar a vantagem e, no fim, festejou.

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Fenómeno:
de final a marcar nas duas mãos dos oitavos
Feito: Leonardo Jardim atinge pela segunda vez os quartos de final em três épocas O domínio do Mónaco na primeira parte foi de tal forma avassalado­r que o...
Mbappé é o mais jovem de sempre Fenómeno: de final a marcar nas duas mãos dos oitavos Feito: Leonardo Jardim atinge pela segunda vez os quartos de final em três épocas O domínio do Mónaco na primeira parte foi de tal forma avassalado­r que o...
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