Boavista-P. Ferreira
Boavista falhou um penálti e viu Idris ser expulso, mas nem assim o Paços de Ferreira conseguiu dobrar a meta dos 30 pontos
Com dez venceu o Boavista e contra dez... empatou. A história da permanência do Paços de Ferreira insiste em escrever-se devagarinho, sem sobressalto, mas com sabor a pouco
Pressionado por um público que não admite quatro jogos sem vencer, mesmo com o campeonato resolvido, o Boavista garantiu um ponto diante do Paços de Ferreira, numa tarde de infortúnios que começaram logo aos 11 minutos, com uma grande penalidade que Fábio Espinho falhou e deixou perturbado o xadrez, que entrara a carregar, com Espinho e Iuri Medeiros donos da bola, diante de um Paços de Ferreira certinho, mas apenas isso – o que explica os passos curtinhos para a permanência fixada nos 30 pontos, com seis empates (e uma derrota) nas últimas sete jornadas. Ontem, não foi diferente, mas houve duas baixas importantes: Pedrinho e o goleador Welthon, ambos lesionados, o último na véspera e riscado do jogo no próprio dia. André Leal substituiu o primeiro, mas Luiz Phellype mostrou-se desenquadrado do ritmo da equipa e só quando Ricardo Valente ficou no centro do ataque, bem servido por Ivo Rodrigues, é que a bola chegou às mãos de Meira, invariavelmente às mãos do guarda-redes. Por essa altura, já o Boavista se recompusera admiravelmente da outra grande perda do jogo: Idris (37’), que viu dois cartões amarelos em três minutos, num descontrolo emocional atípico no trinco do Boavista e que tornou tenso o final da primeira parte – a caminho do balneário, o árbitro Gonçalo Martins nem quis conversa com Álvaro Braga Júnior, presidente da SAD do Boavista, e mais tarde expulsou do banco o adjunto Jorge Couto. Vasco Seabra encontrou a fórmula ofensivas demasiado tarde, ao mesmo tempo que Miguel Leal chamou Renato Santos para abanar o jogo. Incapaz de marcar, o Paços de Ferreira viusenoriscodesofrer,sobretudo, quando Schembri se juntou ao jogo e obrigou Defendi a segurar mais este ponto com sabor a pouco e temperado de ironia: na primeira volta, o Boavista perdeu (2-1) contra dez.
“A expulsão condicionou, mas tivemos as melhores oportunidades. Senti dualidade de critério. A meta agora é o décimo lugar” Miguel Leal
Treinador do Boavista “Antes do jogo, um ponto era mau e no fim continua a ser. Queríamos os três, mas não fomos tão agressivos no último terço como desejaríamos” Vasco Seabra Treinador do Paços de Ferreira