“As caras são outras...”
João de Deus tentou desvalorizar o carácter decisivo do embate que junta dois clubes aflitos, mas lá acabou por admitir a importância do jogo e a motivação do grupo
Depois de os insulares terem voltado, 14 jogos depois, aos triunfos, o técnico lembrou que isso não é sinónimo de vitória esta noite e quer, antes de mais, uma equipa a jogar bem
Para João de Deus, o jogo desta noite não é decisivo para nenhum dos emblemas envolvidos, nem tão pouco tem o Nacional maior pressão para o vencer, ainda que receba um adversário direto na corrida para não descer. “Este é um jogo importante na luta pela permanência. Decisivos serão todos aqueles que ainda vamos disputar. Este é importante, porque é o próximo que temos”, disse.
A tentativa de tirar peso dos ombros dos jogadores não evitou a insistência. João de Deus defendeu-se: “Tem o mesmo peso de outros jogos, porque vale os mesmos pontos”.
O treinador dos madeirenses assume que a vitória frente ao Estoril-Praia devolveu fôlego à equipa, mas lembrou que isso não é garantia de nova vitória esta noite. “Quando se vence as caras são outras; trabalha-se melhor. Mas isso não é condição para que a equipa esteja melhor. Eu acredito, e nós acreditamos, que a equipa cresceu com mais uma semana de trabalho. Cresceu também porque a equipa melhorou substancialmente com a vitória. Isso não faz com que entremos em campo a pensar que temos uma vitória garantida, porque não temos”, avisou.
Enfatizando mais o que pretende da equipa, em vez de se debruçar sobre a postura que espera do adversário, João de Deus vincou a filosofia que defende. “Espero um Nacional muito competitivo. A querer jogar bem; um Nacional, sobretudo, a conseguir impor as suas ideias de jogo e a minimizar os pontos fortes do adversário. Isso é o que espero. O que interessa nesta altura somos nós”, rematou.
“Este é um jogo importante na luta pela permanência, mas decisivos são todos”
João de Deus
Treinador do Nacional