O Jogo

“AMIGO DE VITÓRIA? NÃO DOU O PONTAPÉ DE SAÍDA”

Técnico abriu recentemen­te a porta à reconcilia­ção com o colega do Benfica, mas, usando da ironia, garantiu que um aperto de mão está dependente das circunstân­cias do dérbi

- DUARTE TORNESI

Timoneiro verde e branco garantiu que, antes do apito inicial, só estará “atento” às incidência­s de um jogo que quer vencer, sem pensar nas consequênc­ias que o resultado possa ter na luta pelo título

O treinador dos leões foi o primeiro a abordar o dérbi de hoje – falou meia hora antes de Rui Vitória – e deu a entender que as pazes com o treinador do Benfica vão ficar para outras núpcias, algo que este também fez questão de frisar (ver página 5).

Que antevisão faz do duelo frente ao Benfica?

—São jogos com caracterís­ticas diferentes, porque há sentimento­s de rivalidade e paixão. Isso faz com que o dérbi seja sempre entusiasma­nte. Só tenho o Marvin impedido de jogar e espero que os jogadores do Sporting possam ter mais qualidade que os do Benfica para fazermos um grande jogo, dentro do que temos feitos recentemen­te, para ganhar. É esse o nosso objetivo.

Recentemen­te admitiu que podia ser amigo de Rui Vitória. O pontapé de saída para essa amizade pode ser dado no dérbi?

—O pontapé de saída não vou dar de certeza; quem o vai dar é o William, pelo Sporting, ou outro jogador do Benfica. Não dou pontapés de saída nenhuns. Já falei sobre isso na casa certa, e as circunstân­cias do jogo ou do momento é que poderão ditar o que vai acontecer depois do apito final. Antes do jogo tenho como norma estar atento e concentrad­o.

Uma vitória sobre o rival pode salvar a temporada?

—Salvar não salva nada, porque o Sporting tem uma identidade de anos e anos de títulos. É verdade que não ganha há muitos anos, mas tem história. No primeiro ano fizemos uma excelente época, mas este ano não estamos a discutir o título com os rivais, como estou habituado. Vim para esta casa para isso, mas sei que cada vez estou mais perto de ter uma estrutura para lutar contra Benfica e FC Porto.

O jogo pode ser influencia­do pela luta pelo título, em que o Benfica está envolvido?

—O que é factual é que estamos longe de disputar o primeiro lugar, em função dos dois rivais. O importante é jogar com qualidade, ganhar. A questão do título não nos interessa. Temos de ter paixão, sentimento, responsabi­lidade, crença e identidade, que é ganhar seja a quem for. Neste caso, é um rival, que faz com que estas partidas sejam mais apaixonada­s.

“O que importa é ganhar e jogar com qualidade. A questão do título não nos interessa” Jorge Jesus Treinador do Sporting

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