BRUNO FAZ QUEIXA-CRIME CONTRA LUÍS FILIPE VIEIRA
Presidente leonino não perdoa comparação a Vale e Azevedo por parte do homólogo encarnado, que considera tê-lo responsabilizado pela morte de Marco Ficini
Estuda desde sábado à noite com equipa de advogados os termos em que será apresentado o processo. No Facebook, disse ser imperiosa uma revolução e clamou por um 25 de Abril no futebol português
Bruno de Carvalho reuniu-se logo na noite de sábado, após as declarações de Luís Filipe Vieira no final do dérbi de Alvalade, com a sua equipa de advogados e, apurou O JOGO, estuda em que moldes processará uma queixa-crime contra o presidente do Benfica. Ao que foi possível apurar, o líder dos leões não aceita a comparação que lhe foi feita pelo homólogo encarnado a Vale e Azevedo e considera que, na sua intervenção pública perante os jornalistas no final do jogo que terminou empatado, Luís Filipe Vieira lhe terá imputado responsabilidade na morte de Marco Ficini, adepto italiano que, na companhia de membros de claques sportinguistas, acabou por ser mortalmente atropelado nas imediações do Estádio da Luz na madrugada que antecedeu o dérbi.
O presidente leonino, que, como O JOGO antecipou, também enfrentará na justiça civil um processo por difamação movido por Vieira, voltou ontem a recorrer ao Facebook para manifestar a sua posição relativamente à atualidade, considerando que “o espírito de Abril não chegou ainda” ao futebol. “Há ainda quem não tenha percebido, certamente por conformismo ou porque beneficia do estado atual das coisas, a necessidade imperiosa de uma revolução pacífica, porém disruptiva e estruturante, no futebol português”, referiu, reforçando a necessidade de rever os regulamentos “em linha com as leis fundamentais da República, porque ninguém pode estar ou viver acima dessas”: “É fundamental que haja igualdade de tratamento entre clubes, para que não haja uns que são mais iguais que outros.” “A rivalidade saudável é um bem comum, a guerrilha e as provocações constantes só nos conduzem a tragédias e desgraças que não podem repetir-se. Tenhamos a coragem de fazer um 25 de Abril no futebol e lutemos juntos pela liberdade, transparência e verdade desportiva”, rematou.
“As provocações constantes só conduzem a tragédias” Bruno de Carvalho Presidente do Sporting