RÚSSIA CUMPRE MÍNIMOS
Anfitriões ultrapassam sem dificuldade a fraca oposição da Nova Zelândia, realizando uma exibição globalmente positiva, apesar do défice de criatividade e da ineficácia na finalização
Cherchesov manteve modelo de três centrais, face ao poder aéreo dos All Whites, mas desempenho só melhorou com subida das linhas neozelandesas no segundo tempo
O jogo de abertura da Taça das Confederações proporcionou à Rússia um triunfo tão inequívoco como “obrigatório”, por 2-0, que é curto para expressar a superioridade e a diferença de argumentos técnicos. Mas foi sobretudo na segunda parte, face à subida no terreno dos All Whites, que os russos se mostraram mais confortáveis, com transições rápidas a explorar os espaços vazios. Com uma seleção formatada para jogar em contenção e no contra-ataque, Cherchesov optou por não modificar o seu 5x3x2, embora este duelo tivesse permitido a subida assídua dos laterais. A Rússia procurou chegar cedo ao golo, de forma a obrigar o adversário a arriscar mais, e nos dez minutos iniciais criou três situações claras de golo, entre as quais um cabeceamento ao poste de Vasin, aos 7’. Os campeões da Oceânia aguentaram a avalancha inicial, mas a sua resposta foi débil, insistindo no jogo direto para Chris Wood, facilmente neutralizado. Até que, aos 31’, uma perda de bola à entrada da área originou um excelente passe de Poloz, a isolar Glushakov; a bola foi ao poste e ressaltou em Boxall para dentro da baliza.
Entre as duas piores seleções do torneio no ranking FIFA, a Rússia (63.ª) esteve sempre uns furos acima da Nova Zelândia (95.ª), mas não deixou de revelar algum défice de criatividade no último terço, agravado coma ineficácia finaliza dor a. Esta foi ainda mais patente no segundo tempo, quando Poloz e Smolov encontraram espaço para deambular, bem apoiados por Golovin, nas costas da defesa, perante a tentativa de Anthony Hudson de dar maior profundidade ao jogo da sua equipa. Intranquilo no primeiro tempo, Marinovic seria mesmo a grande figura dos neozelandeses, negando dois tentos certos a Poloz. Por fim, Smolov inicia e conclui a jogada do 2-0, aos 69’, aproveitando o deficiente posicionamento defensivo. Até final, a Rússia esteve mais perto do 3-0, apesar do (único) remate neozelandês com perigo, por Thomas, aos 77’, sustido por Akinfeev.