O eclipse de Óliver Torres
OPÇÕES Sérgio Conceição iniciou a temporada a apostar no espanhol ao lado de Danilo, mas ao primeiro desaire – com o Besiktas – decidiu trocar e oferecer o seu lugar a Herrera
Neste momento, o FC Porto tem 20 milhões de euros no banco de suplentes, sem qualquer retorno. O médio ainda não marcou esta época e deixou de ser utilizado por Sérgio Conceição
De titular indiscutível a última opção em apenas quatro meses: em poucas palavras, é este o percurso de um dos jogadores mais caros de sempre do FC Porto. Óliver Torres perdeu protagonismo com Sérgio Conceição e tenta agora recuperar espaço na equipa. O próximo jogo é com o Portimonense, para a Taça de Portugal, e o espanhol deve receber uma oportunidade para convencer o treinador de que o “jogador” que foi titular nas primeiras cinco jornadas do campeonato não perdeu qualidades. Neste momento, Óliver nem sequer soma minutos como suplente utilizado. Se excluirmos os jogos com o Leixões e o Lusitano – para as Taças –, a última vez que começou um jogo foi a 13 de setembro, ou seja, há quase dois meses.
Com a primeira derrota e os primeiros golos sofridos da temporada, chegou a mudança para Óliver. O Besiktas ganhou no Dragão (3-1) e Sérgio Conceição não escondeu alguma irritação quando foi questionado se uma das razões para o desaire se devia ao escasso povoamento do meio-campo, apenas com Danilo e Óliver. Para o treinador, o problema não esteve no 4x4x2, mas nas dinâmicas da equipa, que afetaram a forma de atacar e de defender. A resposta foi dada quatro dias depois, em Vila do Conde, com a chamada de Herrera ao onze no lugar do espanhol. Começava aí o declínio do dono da camisola 10 do FC Porto. De um agosto com 313 minutos nas pernas passou para 159’ em setembro (distribuídos por três jogos). Em outubro até conseguiu ser mais utilizado, com 212 minutos, mas 180’ foram nas Taças. Este mês não saiu do banco nos dois jogos disputados, confirmando-se que é a última escolha do técnico. Até Sérgio Oliveira, Reyes, Maxi, Hernâni ou Layún jogaram...
A verdade é que a aposta em Herrera (ver caixa) resultou em pleno, uma vez que o FC Porto desatou a marcar ainda mais golos.