O Jogo

“Ainda há uma oportunida­de para mim”

MANUEL FERNANDES Médio do Lokomotiv volta à Seleção Nacional mais de cinco anos depois. O Mundial da Rússia é um objetivo

- BRUNO FERNANDES

Atento ao que se passa no futebol português, o jogador acredita que o Benfica ainda tem possibilid­ades de passar aos oitavos de final da Champions, mas terá de fazer um jogo perfeito contra o CSKA

Cinco anos e meio depois, Manuel Fernandes está de regresso à seleção Nacional. A última vez que o médio atuou com a camisola das Quinas foi em 2012, num particular contra a Polónia, que acabou empatado (0-0). Paulo Bento era o treinador e Manuel Fernandes entrou aos 46’ para o lugar de João Moutinho. Agora, Fernando Santos não fechou os olhos à boa temporada do médio no Lokomotiv e chamou-o para os amigáveis com a Arábia Saudita e Estados Unidos.

Em entrevista a O JOGO, o internacio­nal português promete ir à luta para estar no Mundial. Como foi receber esta chamada após tanto tempo de ausência? — Sinto-me feliz, acima de tudo pelo reconhecim­ento do trabalho que tenho vindo a desenvolve­r no Lokomotiv. Para mim é o mais importante, o reconhecim­ento daquilo que estamos a fazer. Considera uma oportunida­de única para estar na fase final de uma grande competição internacio­nal? — Mais do que oportunida­de, olho para esta chamada como uma consequênc­ia da minha época. Não é o tudo ou nada, mas sim uma chance de mostrar na Seleção o que tenho vindo a fazer no meu clube. Quero dar o meu contributo à Seleção. Sente que a presença nesta convocatór­ia deixa-o mais perto do Mundial? — O meu pensamento continua a ser o mesmo: Fernando Santos tem o seu núcleo duro definido e estes dois jogos vão servir para observar jogadores que não têm tantas oportunida­des de poder vestir esta camisola. Mas está esperançad­o em marcar presença no Mundial? — Ainda falta muito... mas fazer parte deste grupo que vai ser analisado é importante e sinal de que mesmo havendo um plantel definido, ainda há uma oportunida­de de poder fazer parte do grupo final. Tenho um passado muito rico nas seleções jovens, principalm­ente nos sub-21. Não tive muitas chances nos AA [9 jogos] como desejei, mas sempre tive em mente disputar uma grande competição com o meu país. Se acontecer, é ouro sobre azul. Mais do que um sonho é um objetivo. Portugal é campeão da Europa e vai agora ter de demonstrar que continua a fazer parte das melhores seleções do Mundo.

Estar lá vai depender bastante de mim, mas vou continuar a trabalhar. Estes dois jogos vão ser fundamenta­is. Estar de novo ao serviço de Portugal traz-lhe, certamente, ótimas sensações... — Vai ser muito bom voltar a ouvir o hino naquele ambiente. Como disse, tenho muita experiênci­a nos sub-21 e tenho muito orgulho em representa­r o meu país. Voltar a fazê-lo vai encher-me de orgulho e só espero dar um bom contributo à Seleção. Chegou a falar alguma vez com Fernando Santos? — Nunca falámos... mas também não acho que tenha sido necessário. Ele está na seleção desde 2014, 2015 e cruza mais ou menos com o meu primeiro ano no Lokomotiv, que foi bom. Mas no segundo penso que não me correu tão bem. Joguei pouco... 18, 19 jogos num ano inteiro. A partir daí ficou mais difícil fazer parte das opções.

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