O Jogo

GOLO VALE UMA BORLA

Flávio Paixão foi o herói do Lechia no dérbi com o Arka Gdynia, tendo feito o golo decisivo nos descontos. Um feito que lhe deu um prémio inesperado

- PEDRO RIBEIRO

O extremo-direito português acabou com o jejum de vitórias da equipa de Gdansk, que durava há três jornadas, e provou ser um amuleto: já tinha garantido o último triunfo, na 11.ª jornada

Pela segunda vez nos últimos cinco jogos da liga polaca, Flávio Paixão voltou a ser decisivo para o Lechia Gdansk. O extremo-direito, que pode jogar na outra ala e como ponta de lança, deu o triunfo por 1-0 na visita ao Arka Gdynia, de sexta-feira, com um cabeceamen­to aos 90’+5’. Foi o segundo golo na época e no espaço de cinco jornadas – já tinha feito o 1-0 sobre o Zaglebie, na 11.ª ronda –, sendo mais importante ainda por ter permitido ao Lechia não só pôr fim a três jogos sem vencer, mas também ganhar o dérbi da região da Pomerânia, que inclui Gdynia. Um golo que foi por isso muito celebrado na capital Gdansk e que lhe valeu uma recompensa inesperada, como Flávio Paixão revela a O JOGO.

“Foi uma festa especial. A cidade inteira celebrou e quando chegámos ao centro de treinos do Lechia, tínhamos mil adeptos à nossa espera com tochas. Não estávamos à espera de algo assim, nem eu tinha passado por alguma coisa semelhante”, confidenci­a o atacante nascido em Sesimbra, revelando não ter sido essa a única surpresa agradável com que se deparou. “Nos dias a seguir ao jogo, toda a gente me saudava e até houve quem não me deixasse pagar a conta num restaurant­e e outra vez num café”, conta Flávio Paixão, por entre risadas. “É bom saber que acreditam em mim ”, reforça o camisola 28 do Lechia, explicando que a sua subida de forma, e da equipa, se deveàchega­dade Adam Owen ao comando técnico.

“O novo treinador é adjunto na seleção do País de Gales e incutiu uma cultura de vitória. Sabe muito de tática e gosta de jogar de forma mais ofensiva. Deu-me mais liberdade para atacar, sem me preocupar com defender, e logo na sua estreia marquei. Sou como um amuleto”, afirma.

Flávio vê o triunfo sobre o Arka Gdynia como um “ponto de viragem na época”, onde tem claro os objetivos: “Vou tentar marcar mais golos para ajudar a equipa a lutar pelo título. Nos últimos dois anos estivemos perto, mas não conseguimo­s. Espero que à terceira seja de vez.”

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