“Final dá mais prestígio que três ou quatro campeonatos”
Jesus promete não desarmar na Liga Europa
Valorização dos treinadores, garante o do Sporting, tem mais impacto na Europa do que nas provas nacionais. “Tenho essa experiência”, diz, lembrando os tempos no Benfica Ambição... apesar do risco. Em vésperas de defrontar o Astana, JJ vinca que o leão “tem todas as condições” para conseguir erguer um troféu que o próprio falhou duas vezes ao serviço das águias. Pede, também, cautela, pois no Cazaquistão mora uma equipa que tem toda a legitimidade para “sonhar” em fazer cair os leões.
Desde a derrota em Barcelona, o Sporting esteve 14 jogos consecutivos sem perder, mas também o Astana demonstra ser uma equipa forte. Como partem ambas as formações para este jogo?
—Quando estás numa competição como a Liga Europa – ou como poderia ser a Champions – não há muitos argumentos para te desculpares com o que quer que seja. Queremos estar aqui, é verdade que o sucesso também se paga caro, mas nós também já ganhámos um troféu em Portugal. Na Liga Europa, queremos estar fortes, ir o mais longe possível. Neste momento, estamos em Astana, uma equipa competitiva no seu estádio, perigosa e que dificulta a vida a qualquer adversário que joga aqui. Sabemos que vamos ter muitas dificuldades e o Astana tem o direito de sonhar e pensar que pode eliminar o Sporting. Vamos preparar-nos, dentro do possível, para fazer um excelente jogo.
Falta-lhe a Liga Europa no currículo...
—Toda a gente sabe que em Portugal, para os três crónicos candidatos, a prioridade é sempre o campeonato. Mas nós também estamos inseridos na Liga Europa e mesmo faltando ainda alguns jogos não vamos rejeitar a possibilidade de vencer a competição. Queremos chegar o mais longe possível, sabendo também que o sorteio tambémé um fator importante.No contexto da Liga Europa, fizemos tudo para termos as melhores condições: parabéns à nossa estrutura e ato doo trabalho logístico que fez nas duas últimas semanas, para que chegássemos aqui nas melhores condições possíveis e para amanhã [hoje] podermos ter estabilidade emocional e física. Não viemos mais cedo porque não tínhamos campo para treinar, devido à neve.
Mas pela experiência que tem na prova e pelo facto de já ter chegado a duas finais: a Liga Europa é um sonho?
—Claro que é um sonho. Um sonho que acho que se pode tornar realidade. Temos todas as condições para chegar à final desta competição. Mas a minha experiência também me diz isto... Quando estás em todas as frentes, o sucesso pagase caro em alguma. Vamos jogo a jogo e amanhã [hoje] não podemos pensar no jogo seguinte, do campeonato. Vamos lançar no jogo os jogadores que achamos que vão dar a melhor resposta, para que consigamos fazer um bom resultado.
Mas o campeonato continua a ser a grande prioridade...
—Sim, o grande objetivo é o campeonato, tentar ser campeão. Ninguém duvida disso, mas a Liga Europa dá muito mais prestígio aos treinadores. Chegar a uma final dá mais prestígio do que ganhar três ou quatro campeonatos em Portugal. Tenho essa experiência. Queremos estar nesta prova pensando que a podemos ganhar. Vamos para o jogo com o Astana com esse pensamento. Depois, pensamos em mudar o “chip”.