Relâmpago de Mané e Salah deu início à tempestade
ANA LUÍSA MAGALHÃES
O Liverpool até foi o primeiro a assustarse, mas revelou-se implacável e saiu do Dragão com a eliminatória resolvida. O quarteto defensivo mostrou segurança, bem resguardado por um meio-campo dinâmico que projetou a velocidade e técnica de um ataque goleador.
Defesa
O guarda-redes Karius teve uma noite descansada e nem nos sustos teve que intervir: Lovren e Van Dijk desviaram os remates de Otávio e Soares, que atirou ao lado na outra ocasião que teve. O lateral-direito Arnold até começou algo ansioso, mas impôsse a Brahimi e, na esquerda, Robertson teve uma estreia feliz na Liga dos Campeões: só Corona lhe deu um pouco de trabalho, mas ainda insuficiente para lhe causar transtorno.
Meio-campo
Desde trás, o capitão Henderson comandou a equipa com inteligência no passe um posicionamento impecável, libertando Milner e Wijnaldum para tarefas mais ofensivas, que influenciaram o resultado. Foi da insistência do médio que resultou o ressalto que permitiu a Mané apontar o primeiro e o remate ao poste de Milner teve a recarga certeira de Salah, sendo que o inglês ainda ofereceu outro golo à estrela da noite. O FC Porto foi impotente para condicionar este triângulo perfeitamente coordenado que providenciava diversas linhas de passe.
Ataque
Sabia-se que Salah, Firmino e Mané eram perigosos e que não se faziam rogados com a mínima nesga de espaço e o trio fez questão de o demonstrar. Sadio Mané contou a ajuda de José Sá para abrir o marcador e dar início ao hat trick, completado já perto do fim, com um excelente remate de meia distância. Pelo meio, aproveitou outra defesa incompleta de Sá para apontar o terceiro. Firmino só foi servido uma vez, mas não falhou e, sempre que teve espaço, mostrou pormenores técnicos dignos de registo. Salah começou com vigilância superapertada, mas teve toda a frieza do mundo na recarga para o 2-0 e ainda rasgou a defesa portista no tento seguinte.