“DÉRBI É TRAMPOLIM”
Josué acredita que um triunfo com o Braga, no domingo, vai embalar o Vitória na luta pela Europa
Transferido para o Anderlecht no início desta época, o defesa-central viu a invasão do treino por parte de um grupo de adeptos um episódio lamentável e que não beneficiou o rendimento da equipa
Há pouco mais de um ano, Josué abriu o caminho para o último triunfo do Vitória em dérbis com o Braga, apontando o primeiro dos dois golos vimaranenses na Pedreira (1-2). Transferido no início desta época para o Anderlecht, o central olha para o dérbi do próximo domingo, em Guimarães, como um jogo que pode dar ao Vitória bem mais do que três pontos. “O Braga está melhor, mas o dérbi vai ser disputado até ao limite e decidido nos detalhes. O Vitória pode ter, neste jogo, o trampolim para fazer uma sequência positiva de resultados na luta pelo quinto lugar. E um dérbi do Minho é isso mesmo, é um tónico anímico para quem ganha. A equipa precisa de fazer uma exibição como no jogo com o Marselha, com concentração e intensidade”, avaliou Josué a partir de Bruxelas.
Apesar de o Vitória estar a sete pontos do quinto lugar, na posse do Rio Ave, o defesa acredita que a luta europeia está em aberto. “O campeonato é feito de ciclos. O Chaves e o Boavista, por exemplo, já passaram por fases complicadas
“O Vitória precisa de uma exibição como no jogo com o Marselha”
Josué Defesa do Anderlecht e ex-jogador do V. Guimarães
e agora estão nessa luta. E eu acredito que o Vitória pode recuperar mais depressa de uma desvantagem de sete pontos do que o Boavista”, explicou, admitindo que a ex-equipa está a realizar uma “prova irregular”, assumindo também a sua responsabilidade, visto ter participado na fase inicial da temporada. “Não acho que a culpa dos muitos golos sofridos possa ser apenas imputada aos defesas... De qualquer forma, com a disponibilidade do Pedro Henrique e também com o regresso do João Afonso, com o qual concordo em absoluto, penso que há condições para uma maior estabilidade, isto porque Marcos Valente e Jubal também dão garantias.”
Episódio que desagradou a Josué foi a invasão do treino por parte de um grupo de adeptos, há cerca de um mês, uma situação “impossível de acontecer na Bélgica”. “Isso foi notícia cá. Um companheiro do Anderlecht até comentou comigo: ‘Depois dessa invasão, o que poderiam fazer a um jogador se falhasse um golo de baliza aberta? Incendiar-lhe a casa?’ Um jogador é o primeiro a defender o clube e na Bélgica percebem isso. Não posso estar de acordo com esses episódios”, comentou.