O Jogo

“DÉRBI É TRAMPOLIM”

Josué acredita que um triunfo com o Braga, no domingo, vai embalar o Vitória na luta pela Europa

- TOMAZ ANDRADE

Transferid­o para o Anderlecht no início desta época, o defesa-central viu a invasão do treino por parte de um grupo de adeptos um episódio lamentável e que não beneficiou o rendimento da equipa

Há pouco mais de um ano, Josué abriu o caminho para o último triunfo do Vitória em dérbis com o Braga, apontando o primeiro dos dois golos vimaranens­es na Pedreira (1-2). Transferid­o no início desta época para o Anderlecht, o central olha para o dérbi do próximo domingo, em Guimarães, como um jogo que pode dar ao Vitória bem mais do que três pontos. “O Braga está melhor, mas o dérbi vai ser disputado até ao limite e decidido nos detalhes. O Vitória pode ter, neste jogo, o trampolim para fazer uma sequência positiva de resultados na luta pelo quinto lugar. E um dérbi do Minho é isso mesmo, é um tónico anímico para quem ganha. A equipa precisa de fazer uma exibição como no jogo com o Marselha, com concentraç­ão e intensidad­e”, avaliou Josué a partir de Bruxelas.

Apesar de o Vitória estar a sete pontos do quinto lugar, na posse do Rio Ave, o defesa acredita que a luta europeia está em aberto. “O campeonato é feito de ciclos. O Chaves e o Boavista, por exemplo, já passaram por fases complicada­s

“O Vitória precisa de uma exibição como no jogo com o Marselha”

Josué Defesa do Anderlecht e ex-jogador do V. Guimarães

e agora estão nessa luta. E eu acredito que o Vitória pode recuperar mais depressa de uma desvantage­m de sete pontos do que o Boavista”, explicou, admitindo que a ex-equipa está a realizar uma “prova irregular”, assumindo também a sua responsabi­lidade, visto ter participad­o na fase inicial da temporada. “Não acho que a culpa dos muitos golos sofridos possa ser apenas imputada aos defesas... De qualquer forma, com a disponibil­idade do Pedro Henrique e também com o regresso do João Afonso, com o qual concordo em absoluto, penso que há condições para uma maior estabilida­de, isto porque Marcos Valente e Jubal também dão garantias.”

Episódio que desagradou a Josué foi a invasão do treino por parte de um grupo de adeptos, há cerca de um mês, uma situação “impossível de acontecer na Bélgica”. “Isso foi notícia cá. Um companheir­o do Anderlecht até comentou comigo: ‘Depois dessa invasão, o que poderiam fazer a um jogador se falhasse um golo de baliza aberta? Incendiar-lhe a casa?’ Um jogador é o primeiro a defender o clube e na Bélgica percebem isso. Não posso estar de acordo com esses episódios”, comentou.

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