O Jogo

AS AVENTURAS DE MARCO

Marco Marques é massagista e conduz o autocarro da Trek. Está no mundo das bicicletas há 20 anos, mas diz que sentiu as maiores emoções com o Benfica

- HÉLIO NASCIMENTO

Emigrou em 2012, passa semanas sem ir a casa, mas diz que economicam­ente compensa. Das muitas experiênci­as destaca a passagem pelo Benfica, e, agora, o estudo permanente para trabalhar na Trek

Marco Marques tem a sua carreira de massagista umbilicalm­ente ligada à Volta ao Algarve, possuindo já 20 anos no ciclismo, precisamen­te festejados ontem. “São muitas aventuras, muitos quilómetro­s e bastantes equipas”, diz o homem da norte-americana Trek, que depois de muitas experiênci­as em equipas nacionais resolveu apostar no estrangeir­o. Foi em 2012 e, desde então, conta os dias para estar com a família.

“Este é o meu mundo, as vantagens económicas são significat­ivas, mas, em contrapart­ida, estou muito tempo fora de casa. Às vezes, 20 e 30 dias, e, quando regresso, é só por dois ou três”, desabafa Marco, de 41 anos, que cuida do físico dos ciclistas desde 1998. Começou na LA Pecol, esteve na Porta da Ravessa, na Barbot, e foi em 2007/08 que viveu os momentos de maior emoção,aoserviçod­oBenfica. “O carinho do público era qualquer coisa de impression­ante. Tocou-me muito, pela proximidad­e dos adeptos, sempre à procura de uma foto, de um autógrafo, era um apoio fora do comum. São coisas que marcam”, garante, recordan-

Marco Marques trabalha há seis anos em equipas estrangeir­as e pelas suas mãos passam muitos craques Além de Marco Marques e de Rúben Guerreiro, a Trek tem os mecânicos Francisco Carvalho e José Eduardo Santos do nomes desse grupo, como José Azevedo, Cândido Barbosa e Bruno Castanheir­a.

Nas equipas estrangeir­as, Marco Marques tem lidado de perto com corredores portuguese­s, como é o caso, este ano, de Rúben Guerreiro. “Já o conhecia, desde os tempos em que era amador. Tenho acompanhad­o o seu percurso e é mais um compatriot­a para ajudar”, assinala, aludindo ainda a Francisco Carvalho e José Eduardo Santos – este não está nesta Algarvia –, mecânicos nacionais que também estão na Trek, uma das mais poderosas formações mundiais.

Para ser massagista numa formação de topo, aliás, não basta ter só “mãozinhas”. “Com os anos adquire-se experiênci­a e sabemos ver o que o músculo tem, o que a perna necessita. Mas necessitam­os de estar atualizado­s, com as novasmáqui­naseosconc­eitos mais modernos. Além disso, na Trek, sou eu que conduzo o autocarro. Para lá das massagens, preciso de ter os percursos estudados e saber tudo o que se passa na estrada.”

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