Equipa sem “músculos”
Ricardo é o mais recente cliente do departamento médico dos dragões
A disponibilidade física dos portistas tem motivado elogios, mas depois há o reverso da medalha: a sobrecarga muscular tem afetado muitos jogadores, obrigando Sérgio Conceição a constantes mexidas
Sérgio Conceição parecia que adivinhava quando insistiu na necessidade de reforços de inverno para precaver castigos e lesões: só em 2018, Marcano, Danilo, Aboubakar e, agora, Ricardo Pereira foram obrigados a parar. E destes apenas o central já está de volta à competição. Danilo só regressa em março, Aboubakar ainda não será opção para o Rio Ave e Ricardo falhará os dois próximos jogos, pelo menos. O JOGO fez o historial das lesões ao longo da temporada [ver quadro ao lado] e percebese que a maioria são musculares, resultantes da sobrecarga física a que os jogadores têm sido submetidos. Olhando para o tipo de lesões, apenas o edema de Marcano e as entorses de André André são do tipo traumáticas.
Sérgio Conceição quer que os treinos sejam tão intensos como os jogos e isso ajuda a justificar que, ao fim de sete meses de competição, até alguns dos menos utilizados já tenham estado de baixa por questões musculares. E neste quadronãoaparece,porexemplo, Brahimi que já teve problemas físicos, mas que não o obrigaram a perder qualquer jogo completo, falhando apenas a primeira parte do jogo com o Estoril.
Neste capítulo, Otávio é o recordista. O brasileiro teve uma entorse num tornozelo no início da época e depois dois problemas musculares na coxa direita que, ao todo, já o levaram a perder 18 jogos, ou seja, praticamentemetadedos37compromissos oficiais do FC Porto. Tiquinho Soares surge logo a seguir com 13 jogos de baixa à custa de duas lesões musculares, a primeira logo na jornada de abertura, com o Estoril.
Oito elementos do plantel já estiveram de baixa esta temporada. Otávio é o recordista com 89 dias sem competir. Soares esteve 60