O Jogo

“Levamos para o campo o espírito de uma final”

O treinador do Benfica garante que “o passado é história” e que a sua equipa, tal como o Boavista, já não é a mesma que perdeu no Bessa na primeira volta

- PEDRO MIGUEL AZEVEDO

Na opinião do técnico das águias, é impossível perceber neste momento em que jogo serão ganhos ou perdidos os pontos mais decisivos. “Todas as equipas causam problemas e são importante­s”, avisa

O Benfica é o primeiro candidato ao título a entrar em campo na jornada 23 e Rui Vitória, na antevisão da receção de hoje ao Boavista, fez questão de tecer elogios à equipa orientada por Jorge Simão, a mesma que, na metade inicial do campeonato, travou as águias no Bessa com uma vitória por 2-1. Na análise ao que espera da reedição do combate, o treinador dos encarnados deixou avisos para uma equipa “que sabe defender e sair bem para o contraataq­ue”, argumentos no topo das preocupaçõ­es da estratégia do Benfica esta tarde. Que antevisão faz da receção ao Boavista? Está surpreendi­do com o sexto lugar ocupado pela equipa

no campeonato? —Sei que vai ser um jogo exigente, onde vamos defrontar o sexto classifica­do, que está a fazer uma boa campanha. O trabalho do Jorge [Simão] tem vindo a dar frutos, embora não com a regularida­de que ele desejaria. Será um jogo que nos obrigará a ser uma equipa forte e competente, pois enfrentare­mos um adversário que sabe defender e sair bem para o contra-ataque e que nos pode causar problemas, se não controlarm­os essas virtudes. Da nossa parte, sabemos que estamos a atravessar um bom momento, que iremos jogar perante 60 mil benfiquist­as que, quando estão envolvidos, são importantí­ssimos. Para nós, porque nos dão mais motivação, e para o adversário, porque lhe tornam as coisas mais difíceis. O Boavista tem qualidade e ambições, mas nós queremos ganhar. No jogo do Bessa, o Benfica perdeu 2-1 e na Luz, na época passada, também sofreu três golos (3-3). Isso serão sinais de alerta? —Os jogos têm sempre alertas e nós, com todos os adversário­s, temos sempre a noção da forma como nos podem causar problemas, seja o Boavista ou o Portimonen­se, na semana passada. Mas o passado é história, as equipas que jogaram na primeira volta estavam num contexto, num estado de espírito diferente, e eu olho muito para o momento. Já não podemos fazer nada, nem ir buscar pontos lá atrás. Penso que o Boavista virá jogar à Luz da mesma forma que tem jogado noutros campos, sabendo ter a bola nalguns momentos. Este é o jogo que importa. Sente que este campeonato será decidido nos confrontos entre os grandes ou nos jogos com as equipas mais pequenas? —Lembrem-me de dois ou três campeonato­s seguidos em que se possa dizer que foi por um ou outro motivo... Umas vezes, num ano, prevalece mais um aspeto, no outro um diferente. Não estou muito preocupado se é o Boavista, o Portimonen­se, o Sporting, o Braga, todas as equipas nos causam problemas e são importante­s. O nosso lema é ir jogo a jogo, sendo cada um deles uma final. E para se preparar uma final, levamos esse estado de espírito para a cabina, para o próprio jogo. Nunca sabemos qual será o jogo importante deste campeonato, exceto no final, onde podemos ver onde ganhámos aquele pontinho.

“Estamos a atravessar um bom momento. O Boavista tem qualidade, mas nós queremos ganhar” Rui Vitória Treinador do Benfica

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