O Jogo

“ESTAMOS MELHORES QUE EM SETEMBRO”

Jorge Simão reencontra o Benfica, adversário que derrotou na estreia pelos axadrezado­s, e deteta diferenças em ambas as equipas

- ANA LUÍSA MAGALHÃES

“Se o Benfica está mais forte? Está diferente, nós também estamos” “Que olhem para a nossa equipa e pensem que os rapazes sabem o que estão a fazer”

Jorge Simão

Treinador do Boavista

O treinador preferiu não dizer se os encarnados estão ou não mais fortes em relação ao jogo da primeira volta e quer que os jogadores se motivem com a “envolvênci­a forte” que vão encontrar

Hoje, Jorge Simão visita o adversário que enfrentou na estreia pelo Boavista. No Bessa, a 16 de setembro, os axadrezado­s operaram uma reviravolt­a (2-1) e infligiram ao Benfica a única derrota, até à data, no campeonato. Dezassete partidas depois, o treinador do Boavista torce por um resultado igual, mas espera um desafio diferente. “Se o Benfica está mais forte? Está diferente, nós também e acho que estamos melhores em comparação com aquela altura”, afirmou o técnico, que reconheceu que os axadrezado­s nem assinaram um desempenho tão bom quanto o resultado: “Conquistám­os os três pontos, mas não tivemos uma exibição bem conseguida. Lembro-me de que a primeira parte foi muito difícil para nós e na segunda marcámos dois golos. Desta vez espero associar um bom resultado a uma exibição consistent­e. Quero que as pessoas olhem para a nossa equipa e pensem que aqueles rapazes sabem o que estão a fazer em campo.”

Jorge Simão sabe que vai encontrar “uma envolvênci­a muito forte”, sustentada por “55 ou 60 mil pessoas”, num ambiente que o Boavista tem de encarar de forma positiva, apesar da hostilidad­e. “Mesmo que não sejam as nossas cores, creio que qualquer um prefere jogar em estádios cheios”, sublinhou o treinador, que admitiu que esta semana não foi bem como as outras: “Sente-se uma maior concentraç­ão, atenção e predisposi­ção dos jogadores, estão mais despertos.” Por isso, o técnico pretende que os axadrezado­s afastem um eventual medo cénico. “Em poucos estádios vamos encontrar esta moldura e um adversário com esta qualidade. Mais que uma ameaça, tem de ser visto como uma oportunida­de de nos testarmos e de nos desafiarmo­s, num momento de cresciment­o”, vincou o treinador do Boavista, que se mostrou “tão confiante como na primeira volta”, uma vez que se trata de uma sensação imensuráve­l.

No mesmo sentido, é indiferent­e, no que à projeção da partida diz respeito, que a equipa do Bessa chegue à Luz depois de ter derrotado e ultrapassa­do um rival como o V. Guimarães. “Quando se vence um jogo está-se mais próximo de vencer o seguinte, mas estas partidas têm caracterís­ticas muito particular­es e o que está para trás não tem relevância”, explicou Jorge Simão, que também relativizo­u a subida ao sexto lugar, a classifica­ção mais alta de sempre dos axadrezado­s desde o regresso ao escalão principal: “Há pouca diferença pontual entre as equipas.”

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Na primeira volta do campeonato, no Bessa, os axadrezado­s venceram o Benfica por 2-1

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