Thomas busca o “tri” e Nélson entusiasma
Camisola amarela reforça estatuto no contrarrelógio e o português da Movistar, brilhante, sobe ao terceiro lugar da geral na Volta ao Algarve
Galês da Sky não deu hipóteses à concorrência e conseguiu, inclusive, distanciar-se de alguns dos principais rivais. A subida ao Malhão, amanhã, só deverá servir para confirmar a sua terceira vitória
O galês Geraint Thomas deu um passo decisivo rumo ao “tri” na Volta ao Algarve em bicicleta, voando no contrarrelógio Lagoa-Lagoa, a uma média superior aos 50 km/h, ganhando 11 segundos ao belga Victor Campenaerts, da Lotto Soudal, e 19 ao suíço Stefan Kung, da BMC. Mais importante, possivelmente, foi ter deixado Tony Martin a 27 segundos, Van Garderen a 47 e Mollema a 1m01s, no dia em que Nélson Oliveira fez as honras do país e obteve um sensacional quinto lugar, a 22 segundos de Thomas, o mesmo tempo de Kwiatkowski, que foi quarto na etapa e subiu a segundo da geral, um posto acima do português da Movistar. Mais do que desfrutar de um lugar no pódio, passou a ser o rival mais perigoso da equipa britânica.
A verdade é que voltou a ser um dia com a marca Sky, que terá um plano simples para a subida ao Malhão, já que a tirada de hoje, com chegada a Tavira, não é suscetível de causar mossa entre os primeiros da geral. No domingo, isso sim, todos os caminhos irão dar à escalada final, embora Thomas – vencedor em 2015 e em 2016 – e Kwiatkowski – triunfou em 2014 – tenham a corrida controlada. “Estamos no início de época, há adversários fortes e não quero dar nada como garantido”, comentou o camisola amarela, que eliminou os rivais mais temidos: Daniel Martin (16.º a 2.03), Richie Porte (17.º a 2.09) e Tony Martin (22.º a 2.42). “Quando temos a camisola amarela a motivaçãoé muito maior. Senti-me bem e consegui vencer pela primeira vez um contrarrelógio no Algarve. O Malhão é uma subida curta, mas intensa. Há vários trepadores fortes no pelotão”, comentou Thomas, jogando pelo seguro.
Nélson Oliveira, estando a meio minuto do líder, terá de se preocupar em manter o lugar no pódio, numa edição em que os restantes portugueses já ficaram demasiado longe dos lugares de topo. José Gonçalves (Katusha) foi 16.º em Lagoa e Rafael Reis (Caja Rural) ficou-se pelo 47.º posto.
“Tanto eu como o Kwiatkowski estamos entre os primeiros e, se correr bem, manteremos a camisola amarela”
Geraint Thomas
Team Sky