O Jogo

“Jornalista­s são agentes do futebol”

Jesus demarca-se do presidente:

- DUARTE TORNESI

Os números (ver quadro) até nem vão ao encontro da opinião do comandante verde e branco que, em Tondela, quer ver uma equipa “fresca” e em condições de aguentar a intensidad­e do encontro

Sem poder contar com o castigado Coentrão, que diz estar a ser “perseguido” pela comunicaçã­o social, o treinador deve apostar em Acuña para a posição de lateral-esquerdo perante a ausência de Lumor, que, nas palavras de JJ, ainda não está “au point” para ser opção regular. O técnico coloca-se ainda no lugar de Pepa, prevendo problemas na Beira Alta.

Como antevê o duelo no terreno do Tondela?

—Depois de uma vitória interessan­te e positiva, vamos ter um jogo diferente em termos de objetivos, que é tão ou mais importante que o anterior. Nestes dias, a equipa só procurou estabiliza­r-se em termos de recuperaçã­o. Hoje [ontem] foi o único dia em que trabalhámo­s e os sinais da equipa são positivos. Também é verdade que as vitórias ajudam. Vamos ter um jogo difícil e muito competitiv­o em Tondela, onde espero um adversário a não deixar jogar o Sporting com marcações muito apertadas. Mas estamos preparados para esse cenário. Acredito que a equipa esteja fresca e que possa correspond­er à intensidad­e do jogo. Temos dado sinais positivos nestes últimos jogos, especialme­nte nas segundas partes, e espero que continuemo­s assim.

Jorge Jesus ganhou sempre a Pepa. Acha que quantas mais vezes um treinador o defronta mais perto está de o vencer?

—Isso tem a ver com vários conceitos. Eu estou em situação mais favorável porque estou a treinar um grande e antes de vir para aqui estava em outro grande. Assim, tenho mais probabilid­ades de ganhar. Também já estive do outro lado e ganhei muitas vezes ao Sporting e ao Benfica. Muitas! Quanto mais vezes esses treinadore­s jogarem com um grande, mais probabilid­ades têm de nos anular. Nós não. O nosso trabalho não muda muito do primeiro para o quinto duelo, mas esse treinador que está, digamos, em ‘desvantage­m’ retira vantagens desses jogos.

Acuña parte na frente para substituir Coentrão?

—A posição não é nova para o Marcos [Acuña]. Não inventei nada, como fiz com o Coentrão, porque ele já a faz na seleção argentina e fez nalguns clubes onde jogou. Dentro da posição de lateral que conhece, o Acuña está a adaptar-se à forma como a equipa defende e às minhas ideias. Estou seguro com o Marcos e com o Bruno César, que jogou nessa posição frente ao Feirense. São as hipóteses que temos.

O que falta a Lumor para ser uma opção regular?

—O Lumor chegou numa altura em que o Sporting está a jogar de três em três dias e praticamen­te a equipa não treina. Portanto, ele não conhece as rotinas defensivas da equipa. Desta forma, irei

sempre optar por jogadores mais habituados àquela posição e que já trabalham comigo há mais tempo. O Lumor ainda não está “au point” para fazer a posição de lateral. Como sentiu o ânimo de Coentrão após o castigo? —O Fábio tem sido visado pela comunicaçã­o social. Tudo o que ele faz é realçado. Veio do rival e está a passar um pouco por aquilo que passei no meu primeiro ano no Sporting. Só que no meu primeiro ano não fui tão visado porque ganhávamos quase sempre, apesar de não termos sido campeões. Se o Fábio chora é porque chora, se dá um soco no banco é porque dá um soco no banco, se saiu chateado é porque saiu chateado. O Fábio vai controlar-se e está a trabalhar para perceber que isso faz parte da profissão dele. Estamos seguros com isso. Gostava de continuar com ele na próxima época?

—Claro que gostava, mas isso não passa por mim. O Real é que é o dono do jogador. O que sei é que se o Fábio continuar assim não vai ter só o Sporting, mas muitos clubes da Europa atrás dele.

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