Nota da Direção
O JOGO agradece os comunicados do Sindicato dos Jornalistas e do Clube Nacional de Imprensa Desportiva sobre a atitude do presidente do Sporting no final da assembleia geral de anteontem. Deixaram claro, aos olhos de quem aceita ser objetivo, que não se trata de uma questão clubística ou sectária. Mas há três pontos nos quais O JOGO entende que deve ser intransigente. O primeiro é o nosso dever para com os leitores, sportinguistas ou não, sabendo que nem o presidente do Sporting, nem os sócios presentes na assembleia de sábado representam a dimensão do clube, nem o total dos seus adeptos. Esse nosso dever exclui qualquer possibilidade de responder ao boicote pedido por Bruno de Carvalho com um boicote à cobertura dos temas sportinguistas. Não o faremos. O segundo ponto é a segurança dos jornalistas, posta em causa de uma forma leviana por quem tanto tem falado na segurança própria com bem menos motivos. Faremos tudo para garantir que quem ameaçar a segurança dos nossos jornalistas pagará por isso, até aos limites da lei. O terceiro ponto é de outra índole. Percebemos o objetivo desta guerra aberta à Imprensa pelo presidente do Sporting. Sabemos que quanto mais importância dermos ao caso, mais êxito a estratégia dele terá. Não somos o inimigo do Sporting: somos um observador honesto e, por vezes, perplexo com o que as pessoas, até as melhores, conseguem desvalorizar em nome da mais importante das coisas pouco importantes.