Desilusão em tempo extra
Num grande jogo de futebol, o empate chegou nos descontos, num livre marcado por Murilo que não deu qualquer hipótese de defesa ao guarda-redes da equipa da casa
O Académico fez alinhar frente ao Nacional a mesma equipa que iniciou o jogo no Seixal. A exceção foi a substituição de Fábio Santos por Bruno Miguel no eixo da defesa. Os academistas foram os primeiros a tentar chegar à baliza contrária, mas a partir dos dez minutos a toada era de equilíbrio.
O Académico apertou e Zé Paulo, em combinação com Avto, fez um grande golo. Pouco depois, na sequência de um livre de Fernando Ferreira, a bola chegou a Bruno Miguel e este serviu Bura, que só teve de encostar. A perder por 2-0, a turma madeirense reagiu e aos 32 minutos, numa bola dividida entre o guarda-redes Peçanha e Ricardo Gomes, este conseguiu reduzir. Até ao intervalo, o Académico podia ter aumentado a vantagem.
No reatamento, o Nacional entrou mais ofensivo e com futebol mais prático, dando a iniciativa aos locais e partindo para a contraofensiva. Murilo, na conversão de um livre, beneficiou do facto de a defesa da casa, Peçanha incluído, ter ficado estática para empatar.
Foi a vez de o Académico ir à procura da vantagem e, numa grande jogada de combinação, surgiu N’Sor, no coração da pequena área, a bater o guardaredes. Os madeirenses não desistiram e pressionaram mais o último reduto academista. Nova desconcentração defensiva, Murilo ganhou a bola, isolou-se e, só com Peçanha pela frente, rematou ao lado. Manuel Cajuda mexeu na equipa para dar frescura física e tudo parecia indicar que a vitória já não fugiria. Só que em tempo de descontos, Murilo fez um grande golo na conversão de um livre, sem dar hipóteses a Peçanha.
“Excelente jogo. Jogamos contra, se calhar, a melhor equipa do campeonato” Manuel Cajuda Treinador do Ac. Viseu “Jogo repartido, mas o empate sabe-nos a pouco, depois da recuperação” Costinha Treinador do Nacional