O Jogo

BENFICA VENCEU NO FIM

Benfica só foi campeão masculino a 200 metros de terminar a última de 14 provas do Nacional de Clubes indoor. O Sporting, em silêncio, comprovou que não tem rivais nas mulheres

- ANDRÉ FERRÃO

Encarnados recuperara­m o título com recordes nacionais de Tsanko Arnaudov no peso, da estafeta de 4x400 metros e com Pedro Pichardo a bater Nelson Évora no primeiro duelo em solo nacional

A equipa masculina do Benfica recuperou o título de campeão nacional de pista coberta, batendo o Sporting, que interrompe­ra em 2017 um domínio de seis anos dos encarnados. As águias venceram com 100 pontos, contra 99 dos leões, numdos des fechos mais emotivos de sempre, pois os clubes entraram empatados na última de 14 provas. O Sporting começou o dia a vencer, com Rasul Dabo nos 60 metros barreiras e Carlos Nascimento nos 200m, mais os pontos de Sandy Martins nos 800m, onde foi segundo atrás de Nuno Pereira (Estreito), mas batendo o benfiquist­a João Fonseca. Entretanto, o Benfica recuperava com o recorde nacional de Tsanko Arnaudov no peso (21,27m) e depois o êxito de Samuel Barata nos 3000m. Com o Sporting ainda na frente, chegava o triplo salto e o embate entre o leão Nelson Évora e o benfiquist­a luso-cubano Pedro Pichardo. O concurso de triplo salto foi memorável e Pichardo saiu vitorioso, empatando a pontuação antes da estafeta de 4x400m. Se no feminino as leoas venciam tudo, em masculinos a emoção era imensa e a equipa do Sporting começou a estafeta à frente, mas o Benfica passou a liderar num terceiro percurso muito equilibrad­o, entregando a decisão a Ricardo dos Santos, perseguido pelo leão Jordin Andrade. E foi na última das voltas de 200 metros que o Benfica sentiu o sabor da vitória, com a corrida a ser tão extraordin­ária que ambas as estafetas superaram o recorde nacional de 4x400m: o Benfica fez 3m12,54s, o Sporting chegouem 3 m 13, 45s e o anterior máximo, dos leões desde 2003, era de 3m14,86s. Para a diretora técnica do Benfica, Ana Oliveira, a vitória “reforça a ideia de que o melhor projeto de atletismo é o do Benfica”, mas admitiu que “não há vitórias fáceis”, numa alusão a um facto marcante: não fosse a desclassif­icação do atleta do Sporting nos 400 metros de sábado e os leões teriam ganho por seis pontos. “A nosso desfavor havia quatro ausências de relevo”, anotou, a propósito, Fernando Tavares, vice-presidente encarnado.

“Esta vitória reforça a ideia de que o melhor projeto de atletismo é o do Benfica”

Ana Oliveira Diretora técnica do Benfica

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Ricardo dos Santos arranca para o final da estafeta que valia o título ao lado do leão Jordin Andrade

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