A nova posição de Rui Correia

O central passou pelo desafio de ser guarda-redes por dez minutos e aprendeu muita coisa

Nunca antes passara pela cabeça do central, filho do antigo defesa Manuel Correia, ter de recuar para a baliza, em Alvalade, mas amanhã está de regresso à sua posição para complicar a vida ao Braga

Rui Correia nunca mais esquecerá os últimos dez minutosdojogoemAlvalade,não pela derrota do Paços de Ferreira, por 2-0, mas pelo facto de ter de se adaptar à posição de guarda-redes. A lesão de Mário Felgueiras, numa altura em queotreinadorJoãoHenriques esgotara as substituições, obrigou a tomar medidas alternativas e a ter de escolher “entre os jogadores mais altos, um central ou um avançado” para ir para a baliza. A sorte ditou que fosse Rui Correia.

A partir do minuto 81, o defesa-centraltevede“reajustarrapidamenteaperceçãoàdimensão, ao espaço e tempo”, tarefa automática para um guardaredes, mas de maior esforço para quem está mais habituado a atuar na linha defensiva. “Os guarda-redes têm sempre o poste como referência e a marca de penálti para se posicionarem. Senti-me um pouco perdido”, recorda, a sorrir de satisfação “por a bola não ter ido para a baliza, tendo feito apenas alguns pontapés de saída”. “Isso tornou o meu trabalho mais fácil e não tive de me atirar para o chão”, acrescenta.

O que “já tinha visto na televisão”,

Rui Correia Rui Correia sentiu na pele e percebeu melhor que às vezes “não é tão fácil como parece agarrar algumas bolas”. “Ao estar na baliza é que vemos como há muitos pormenores que os jogadores de campo não têm noção”, reforça. Na receção ao Braga, amanhã, as coisas voltam ao seu devido lugar, com Rui Correia na posição de central e a prometer ao adversário que o Paços de Ferreira “será um duro e grande osso de roer”. O jogador acrescenta: “Jogamos em nossa casa, onde mandamos. Temos analisado os pontos fortes do Braga e o que podemos explorar, certos de que será um jogo difícil e intenso.”