“Roma serve de exemplo”
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Vindo de uma derrota por 2-0 em Madrid, JJ garantiu ter consciência da tarefa hercúlea que a sua equipa tem de ultrapassar, mas “apelou” à sorte e a erros do Atlético para viver noite histórica em Alvalade
O momento conturbado do clube, despoletado, precisamente, pela derrota da primeira mão, dominou a conferência de Imprensa de ontem, mas o treinador do Sporting assegurou ter um conjunto de jogadores capazes de ultrapassar a crise para se focarem totalmente no encontro. O clube já somou algumas reviravoltas épicas a nível europeu. A história pode repetir-se com o Atlético?
— Acredito que podemos sonhar. Nesta sala, já se falou de um jogo de Champions [Roma-Barcelona] onde aconteceu algo que não parecia possível. Roma serve de exemplo à nossa reviravolta e vamos partir com esse mesmo sonho. Num jogo, há coisas imprevisíveis que acontecem e espero que amanhã [hoje] algum jogador do Atlético erre, o que não é normal, para podermos aproveitar. Pondera apresentar alguma surpresa a nível tático, à semelhança do que fez o técnico do Roma? — Ele alterou o sistema posicional, mas não fez nada que já não tenha feito na Liga: mudou para uma linha de três na defesa. Contudo, os treinadores não podem pensar que podem mudar de um dia para o outro. Para isso, tem de se trei- nar e ele fê-lo, tal como nós fizemos várias vezes durante a época. Só assim se podem tomar decisões dessas. Podemos surpreender o adversário de entrada, mas depois os treinadores vão mudando os seus posicionamentos. Marcar cedo é determinante para a reviravolta? — O mais importante é marcar primeiro porque, marcando primeiro, temos mais possibilidades de surpreender o nosso adversário. Para mim, não há cedo nem tarde, porque podes marcar dois golos a qualquer momento. Em relação ao que pode acontecer no jogo, nós temos a nossa estratégia montada, queremos fazer a “remontada” e é para isso que estamos a trabalhar. Uma vitória que permita o apuramento apaga tudo o que ocorreu na última semana? —O foco neste momentoéo jogo eén is soque estamos concentrados. Temos de ter a capacidade para desempenhar o melhor para eles e para o Sporting. Sabemos que vamos partir em desvantagem frente a um grande adversário, mas todos nós acreditamos que, com um bocadinho de sorte à mistura, podemos surpreender. Não temos todas as possibilidades porque do outro lado está um adversário que nos pode marcar a qualquer momento. Como conseguiu manter a equipa à margem de tudo o que se tem passado? — O foco no jogo e no treino prevalece sobre todas as situações que vamos tendo no dia a dia e durante a época. Tenho
um conhecimento profundo do plano pessoal dos jogadores do Sporting, alguns dos quais já trabalham comigo há muitos anos. É uma equipa com uma personalidade muito elevada. O “post” de Facebook de Bruno de Carvalho serve de motivação extra para esta partida? — Estamos nos quartos de final e só isso chega para estarmos supermotivados. Tudo o que se tenha passado fora de campo é absorvido pelo foco no jogo. Os jogadores acreditam que, se passarem nesta eliminatória, podem ser um dos grandes candidatos ao título da Liga Europa, mas vão ter pela frente um adversário muito forte e um resultado que ainda aumentou mais as dificuldades.