O Jogo

“Roma serve de exemplo”

Leões sem William, Coentrão em Bast Dost e com Piccini em dúvida Alfio Basile, a O JOGO, sobre Diego Simeone: “Não tolera os fracos” Bruno retira processos mas prepara “limpeza”

- DUARTE TORNESI

Vindo de uma derrota por 2-0 em Madrid, JJ garantiu ter consciênci­a da tarefa hercúlea que a sua equipa tem de ultrapassa­r, mas “apelou” à sorte e a erros do Atlético para viver noite histórica em Alvalade

O momento conturbado do clube, despoletad­o, precisamen­te, pela derrota da primeira mão, dominou a conferênci­a de Imprensa de ontem, mas o treinador do Sporting assegurou ter um conjunto de jogadores capazes de ultrapassa­r a crise para se focarem totalmente no encontro. O clube já somou algumas reviravolt­as épicas a nível europeu. A história pode repetir-se com o Atlético?

— Acredito que podemos sonhar. Nesta sala, já se falou de um jogo de Champions [Roma-Barcelona] onde aconteceu algo que não parecia possível. Roma serve de exemplo à nossa reviravolt­a e vamos partir com esse mesmo sonho. Num jogo, há coisas imprevisív­eis que acontecem e espero que amanhã [hoje] algum jogador do Atlético erre, o que não é normal, para podermos aproveitar. Pondera apresentar alguma surpresa a nível tático, à semelhança do que fez o técnico do Roma? — Ele alterou o sistema posicional, mas não fez nada que já não tenha feito na Liga: mudou para uma linha de três na defesa. Contudo, os treinadore­s não podem pensar que podem mudar de um dia para o outro. Para isso, tem de se trei- nar e ele fê-lo, tal como nós fizemos várias vezes durante a época. Só assim se podem tomar decisões dessas. Podemos surpreende­r o adversário de entrada, mas depois os treinadore­s vão mudando os seus posicionam­entos. Marcar cedo é determinan­te para a reviravolt­a? — O mais importante é marcar primeiro porque, marcando primeiro, temos mais possibilid­ades de surpreende­r o nosso adversário. Para mim, não há cedo nem tarde, porque podes marcar dois golos a qualquer momento. Em relação ao que pode acontecer no jogo, nós temos a nossa estratégia montada, queremos fazer a “remontada” e é para isso que estamos a trabalhar. Uma vitória que permita o apuramento apaga tudo o que ocorreu na última semana? —O foco neste momentoéo jogo eén is soque estamos concentrad­os. Temos de ter a capacidade para desempenha­r o melhor para eles e para o Sporting. Sabemos que vamos partir em desvantage­m frente a um grande adversário, mas todos nós acreditamo­s que, com um bocadinho de sorte à mistura, podemos surpreende­r. Não temos todas as possibilid­ades porque do outro lado está um adversário que nos pode marcar a qualquer momento. Como conseguiu manter a equipa à margem de tudo o que se tem passado? — O foco no jogo e no treino prevalece sobre todas as situações que vamos tendo no dia a dia e durante a época. Tenho

um conhecimen­to profundo do plano pessoal dos jogadores do Sporting, alguns dos quais já trabalham comigo há muitos anos. É uma equipa com uma personalid­ade muito elevada. O “post” de Facebook de Bruno de Carvalho serve de motivação extra para esta partida? — Estamos nos quartos de final e só isso chega para estarmos supermotiv­ados. Tudo o que se tenha passado fora de campo é absorvido pelo foco no jogo. Os jogadores acreditam que, se passarem nesta eliminatór­ia, podem ser um dos grandes candidatos ao título da Liga Europa, mas vão ter pela frente um adversário muito forte e um resultado que ainda aumentou mais as dificuldad­es.

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