O MEDO DE PERDER
Santa Clara e Arouca recearam perder terreno na luta pela subida e não correram riscos. As oportunidades de golo foram uma miragem
O medo de perder terreno na corrida pelos lugares de subida tirou brilho ao encontro, que mostrou dois candidatos à I Liga apáticos, alérgicos a correr riscos. Santa Clara e Arouca foram equipas pouco ousadas no processo ofensivo e, por isso, as ocasiões de golo rarearam, o que resultou num encontro interessante em termos táticos mas enfadonho no que diz respeito ao futebol apresentado. Exemplo flagrante dessa pouca acutilância foi o momento em que surgiu a primeira ocasião de golo digna desse nome, já com mais de uma hora decorrida (65’), quando Roberto, na sequência de um canto, rematou forte para uma grande defesa de Marco, com a ponta dos dedos, para as malhas laterais. A escassez de lances dignos de registo junto às balizas ilustra perfeitamente as reais intenções das equipas, que estiveram sempre mais preocupadas em somar nem que fosse um ponto do que ver o adversário levar a totalidade.
O jogo desenrolou-se quase sempre no meio-campo, sector onde o Arouca foi sempre melhor apesar de ter utilizado nessa zona menos uma unidade do que os açorianos. Minhoca e Rúben Saldanha tiveram grandes dificuldades em impor o seu futebol devido ao relvado escorregadio e à grande exibição de Ericson. O domínio arouquense foi uma evidência,masnãosetraduziu em eficácia no ataque; as defesas apenas tiveram de cumprir os serviços mínimos para evitar golos.
“Jogo equilibrado, o empate acaba por aceitar-se”
Carlos Pinto Treinador do Santa Clara
“Grande equilíbrio. Tentámos ganhar três pontos”
Miguel Leal Treinador do Arouca