O Jogo

O MEDO DE PERDER

Santa Clara e Arouca recearam perder terreno na luta pela subida e não correram riscos. As oportunida­des de golo foram uma miragem

- ARTHUR MELO

O medo de perder terreno na corrida pelos lugares de subida tirou brilho ao encontro, que mostrou dois candidatos à I Liga apáticos, alérgicos a correr riscos. Santa Clara e Arouca foram equipas pouco ousadas no processo ofensivo e, por isso, as ocasiões de golo rarearam, o que resultou num encontro interessan­te em termos táticos mas enfadonho no que diz respeito ao futebol apresentad­o. Exemplo flagrante dessa pouca acutilânci­a foi o momento em que surgiu a primeira ocasião de golo digna desse nome, já com mais de uma hora decorrida (65’), quando Roberto, na sequência de um canto, rematou forte para uma grande defesa de Marco, com a ponta dos dedos, para as malhas laterais. A escassez de lances dignos de registo junto às balizas ilustra perfeitame­nte as reais intenções das equipas, que estiveram sempre mais preocupada­s em somar nem que fosse um ponto do que ver o adversário levar a totalidade.

O jogo desenrolou-se quase sempre no meio-campo, sector onde o Arouca foi sempre melhor apesar de ter utilizado nessa zona menos uma unidade do que os açorianos. Minhoca e Rúben Saldanha tiveram grandes dificuldad­es em impor o seu futebol devido ao relvado escorregad­io e à grande exibição de Ericson. O domínio arouquense foi uma evidência,masnãosetr­aduziu em eficácia no ataque; as defesas apenas tiveram de cumprir os serviços mínimos para evitar golos.

“Jogo equilibrad­o, o empate acaba por aceitar-se”

Carlos Pinto Treinador do Santa Clara

“Grande equilíbrio. Tentámos ganhar três pontos”

Miguel Leal Treinador do Arouca

 ??  ?? O Arouca continua a um ponto do Santa Clara, segundo classifica­do
O Arouca continua a um ponto do Santa Clara, segundo classifica­do

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