CANDIDATURA BELGA OFICIALMENTE ASSUMIDA
Fácil, fácil foi esta vitória de uma equipa com um poder ofensivo ao nível das principais potências favoritas a chegar ao título de campeão neste mundial
“Foi exatamente como esperávamos, porque não há jogos fáceis num Mundial. Ficámos a saber que há que trabalhar, ter união e maturidade” Roberto Martínez Selecionador da Bélgica
“Foi uma grande experiência para nós, que não nos portámos mal. Nunca ficamos contentes em derrotas, mas perdemos com dignidade” Hernán Gómez Selecionador do Panamá
Foi com uma impressionante desenvoltura que a seleção belga despachou ontem o Panamá, vencendo por 3-0 uma partida que deixou de estar em discussão logo no início da segunda parte, quando Mertens fez o 1-0.
Um tento que teve o famoso efeito do ketchup: só custa começar a sair porque depois cai tudo de uma vez. E foi um belo pontapé, este do goleador do Nápoles, enchendo o pé e desferindo um remate bombeado que não deu hipótese a Penedo, finalmente batido depois de uma série de boas defesas.
Bem dizia Fernando Santos após o recente Portugal-Bélgica: manter esta equipa a zeros não é para todos. Com Mertens e Hazard nas alas, Witsel e De Bruyne mais atrás e defesas-laterais como Meunier e Carrasco (só estes dois juntos somaram 12 golos e 15 assistências esta época), difícil mesmoéabol anão entrar.
E ainda não falamos de Lukaku, ponta de lança treinado por José Mourinho no Manchester United. Ontem, foram dois os golos à sua conta e num espaço de seis minutos, a acabarem definitivamente com o jogo, um numa assistência de Hazard (69’) e outro oferecido por De Bruyne (75’). Como parte marginal desta história fica o Panamá, que teve apenas uma ocasião, aos 55’, negada por Courtois a remate de Murillo. Aliás, as estatísticas ilustram com ciência o que ficou descrito acima: a Bélgica terminou com quase o dobro da posse de bola (62 para 38) e também de remates (15 para sete). Uma diferença que foi ainda maior quanto às oportunidades reais de golo. Aí o contraste foi gritante, pelo que, resumindo, os adeptos panamianos bem podem estar pessimistas quanto ao apuramento, ao invés dos belgas, que mesmo com dois jogos por fazer já sentem as cócegas da qualificação.