Ricardo pode render Cédric
O defesa-direito que trocou o FC Porto pelo Leicester pode ser uma das novidades no jogo de hoje
No ataque, Guedes deve ceder o lugar a André Silva. O avançado do Milan tem um excelente rendimento ao lado de Ronaldo na Seleção. João Mário é hipótese para render Bruno Fernandes
A Seleção Nacional realizou ontem o derradeiro treino antes da entrada em cena na segunda jornada deste campeonato do mundo. Uma sessão que, ao contrário do que é normal, não decorreu no palco do jogo.FernandoSantos preferiu a tranquilidade do complexo desportivo onde a equipa está instalada, em Kratovo, podendo ainda ultimar os derradeiros aspetos à porta fechada. Nos primeiros 15 minutos, ainda com a presença de jornalistas, pouco ou nada se viu. Deu para constatar que estavam os 23 jogadores, o que não deixa de ser uma boa notícia para os portugueses. Uma raridade em fases finais de campeonatos da Europa e do mundo.
E foi já sem os jornalistas na bancada que Fernando Santos deu então seguimento aos detalhes, numa altura em que chovia copiosamente e com muita trovoada à mistura.Um dilúvio que durou cerca deum quarto de hora. Nada que atrapalhasse a preparação para o encontro de hoje, num jogo em que o selecionador nacional pode apresentar três alterações em relação ao encontro com a Espanha, trocando Cédric por Ricardo Pereira no lado direito da defesa, Bruno Fernandes por João Mário no meio-campo e Gonçalo Guedes por André Silva no ataque. Esta última parece inevitável, tendo em conta a exibição do avançado doValência e o que o atacante do Milan pode dar.
Na defesa, Cédric tem sido habitual titular desde que Fernando Santos assumiu o comando da equipa, mas teve uma exibição apagada com a Espanha; além de cometer alguns erros defensivos, revelou dificuldades para apoiar a equipa no ataque. Deu ainda a ideia de estar mal fisicamente. Ao invés, Ricardo Pereira parece um “tanque de força”: o defesa que foi campeão nacional pelo FC Porto atravessa um bom momento, defende bem e ataca com critério, demonstrando ainda algunsmovimentos ofensivos imprevisíveis. Pode ser uma boa solução para um jogo que a seleção portuguesa necessita de ganhar e no qual terá obrigatoriamente de assumir mais o comando das operações, algo que não aconteceu com a Espanha.