Queiroz quer bater os “super-homens”
Selecionador preconiza “capacidade de sacrifício, trabalho e concentração” para vencer a Espanha
“A obrigação do Irão é tentar pregar uma partida à Espanha”
Carlos Queiroz
Selecionador do Irão
Carlos Queiroz acredita que “quanto maiores são as dificuldades, mais vontade existe por parte dos jogadores iranianos em entregarem-se à luta”. Em conferência de Imprensa antes do duelo com os espanhóis, o treinador português constata que a sua equipa não tem “super-homens, como tem a Espanha”, mas quer encontrar a criptonite. “Temos uma rara capacidade de sacrifício, trabalho e concentração”, assegura. “Somos capazes de fazer supercoisas”, completa.
O bom desempenho do conjunto de Hierro frente a Portugal não altera a abordagem ao desafio. “Há uma coisa que é clara. O rendimento desse jogo e a fama de Espanha não contam neste jogo”, garante o selecionador do Irão, que analisa ainda a transição no comando técnico do adversário desta noite. “É irónico. Lutei tanto com o Jorge Valdano para que o Fernando [Hierro]
ficasse a jogar no Real Madrid e agora estamos frente a frente. Conheço-obem e é a pessoa indicada para unir uma equipa fraturada”, avaliza. Reitera de- pois que “a obrigação do Irão é tentar pregar uma partida à Espanha, uma equipa comum estilo muito difícil de enfrentar”. “Temos de jogar com atitude positiva e ter esperanças de ganhar.” O treinador volta a realçar a dificuldade da sua missão “num grupo com equipas fortíssimas, como Portugal, que é campeã da Europa – e que por isso tem obrigação de estar entre os favoritos –, e a seleção espanhola, que cujo nome fala por si”.
Entretanto, em grande entrevista ao “El País”, concedida antes do Mundial, Queiroz lembra a sua passagem pelo Real Madrid, sobretudo quando tentou contratar o atual capitão de Espanha. “Sergio Ramos foi uma das minhas derrotas com Florentino Pérez, quis trazê-lo para o Real em 2003/04. Contrataram-no depois em 2005 e foi muito mais caro.”