Duas mudanças no onze mas há várias hesitações
Ficaria muito admirado se Fernando Santos não fizesse hoje pelo menos duas alterações na equipa titular em relação ao jogo com a Espanha. É verdade que a equipa empatou com um dos favoritos ao título (3-3), um bom resultado, seguramente. Mas que foi conseguido a duras penas por uma Seleção muito tempo em dificuldade, muito desequilibrada e, como reconheceu o próprio selecionador, a dar sempre muito espaço aos jogadores espanhóis. O resultado foi francamente melhor do que a exibição. Cristiano não estará sempre disposto a marcar três golos... Mesmo sabendo que se João Mário não jogou frente à Espanha – sublinho: frente à Espanha –, só pode ter sido porque não está bem, mesmo percebendo que os jogadores vão evoluindo (Bruno Fernandes pode fazê-lo), ali, à esquerda do meiocampo, o (ainda) jogador do Inter deve ser chamado à responsabilidade: tem de jogar. Como parece a toda a gente que não só Gonçalo Guedes não esteve à altura, antes de mais porque demasiado dependente de Cristiano, como também parece consensual que André Silva é mais indicado para um jogo destes e que tem mais à-vontade com o CR7. Ser conservador é uma boa regra para um treinador num Mundial. Não se pode pôr em causa o que foi ensaiado e Fernando Santos parece ter dúvidas. Mas Marrocos não é fácil e vai jogar no fio da navalha e com a faca nos dentes, porque se perder, fica arrumado.