O Jogo

Aguentar a carga e lançar os torpedos

- —A.L.M.

Há quem chame ao Uruguai a Itália da América do Sul e ontem percebeu-se porquê. Óscar Tabárez montou uma estratégia assente numa coesão defensiva que asfixiasse as ofensivas portuguesa­s e tivesse rendimento máximo com oportunida­des mínimas. Muslera só falhou num lance em que pareceu ter sofrido Defesa Os centrais Giménez e Godín transporta­ram para a Celeste o entendimen­to e eficácia que mostram no Atlético de Madrid. Portugal até marcou na única vez em que Godín se perdeu na batalha aérea, mas era preciso mais. A Cáceres e Laxlat não faltou apoio e Muslera transmitiu confiança. Meio-campo Vecino e Torreira taparam todos os caminhos possíveis do jogo interior – até deitados jogavam a bola de cabeça. Nandez e Betancurt falta e à sua frente tinha uma dupla praticamen­te imbatível: Giménez limpou tudo e Godín só se perdeu no 1-1. No meio-campo, as ordens eram claras: futebol direto para servir Suárez e Cavani, dois poços de força e técnica que jogam de olhos fechados, bem apoiados por Nandez e Betancurt. Cavani não teve clemência. completava­m uma segunda linha de quatro com o apoio nas alas. O discernime­nto deste quarteto foi evidente nas transições, sempre com critério e velocidade, a exemplo do 2-1, com Betancurt a servir Cavani. Ataque Cavani e Suárez sabem sempre o que o outro está a pensar e têm uma mistura fatal de físico com técnica para contempori­zar na frente. O cruzamento de Suárez no 1-0 foi tão perfeito como o arco de Cavani no 2-1.

Cavani ganha um duelo nos ares e foi o carrasco de Portugal

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