A pequenez de Carlos Queiroz
Vamos dar como certo que o treinador do Irão fez um bom Mundial com a sua seleção. Vamos imaginar igualmente que esse mesmo treinador tem razões de queixa da arbitragem e vamos aceitar que, estando ele a liderar a equipa do Irão, pode bem desejar o pior aos seus adversários, incluindo a Seleção do país onde nasceu e que já treinou. O que esse treinador nunca conseguiu esconder, desde o primeiro minuto, é que o seu campeonato era derrotar o país de Cristiano Ronaldo e Ricardo Quaresma. Tem um ego tal que se julga capaz de nos convencer de que fez mais pelo futebol português do que Fernando Santos, Ronaldo e Quaresma juntos. A energia que colocou neste acerto de contas foi reveladora de quanto revanchismo levou Queiroz para o grupo de que faziam parte Portugal e Irão. Ele teria ficado muito feliz se tivéssemos sido terceiros e o Irão quarto, desde que tivesse sido a seleção dele a correr com Portugal. Como é só futebol, tem Queiroz todo o direito de desejar todas as derrotas para a equipa das Quinas, não precisa é de pôr aquele arzinho de superioridade cultural de quem andou a ensinar o hino a quem não o sabia. A prova de que não tinha razão nenhuma na campanha que fez contra a arbitragem de uma forma geral e no jogo com Portugal em particular é que a FIFA reconheceu um único erro do VAR na fase de grupos. Foi justamente o penálti contra Portugal e que permitiu a Queiroz enviar a equipa das Quinas para o segundo lugar do grupo, dando à Espanha a possibilidade de ficar no lado teoricamente mais fácil das eliminatórias, sem Uruguai, França, Argentina e Brasil.