Duas medalhas espreitam Tóquio
Pedro Fraga, prata, e Dinis e Afonso Costa, bronze, foram ao pódio no Canal Olímpico da Catalunha, em Castelldefels
Se a medalha de Fraga, duas vezes atleta olímpico e com o objetivo de alcançar Tóquio’2020, foi recebida com naturalidade, já a medalha de bronze dos irmãos Costa foi algo surpreendente
No mesmo local, o Canal Olímpico da Catalunha, a cerca de 20 quilómetros de Barcelona, onde a canoagem portuguesa já havia disputado todas as finais e ganho três medalhas – Fernando Pimenta e Joana Vasconcelos (prata) e Teresa Portela (bronze) – também o remo foi a todas as decisões e sacou duas medalhas: Pedro Fraga foi prata, em skiff ligeiro (LM1x), e Dinis e Afonso Costa bronze em double-scull peso ligeiro (LM2x).
Fraga cumpriu a regata em 3m23,004s, atrás do croata Luka Ranonic, que fez 3m22,584s. “Foi um bocadinho surpreendente, porque a prova era de 1000 metros e nós estamos habituados a distâncias maiores, mas consegui adaptar-me e fiquei muito feliz. Sinto-me realizado com aquilo que fiz”, disse, referindo: “Apesar de já ter participado em dois Jogos Olímpicos, esta prova foi encarada com o mesmo espírito, porque também temos aqui outras modalidades e estamos a represen-
“Consegui adaptar-me e fiquei muito feliz. Sinto-me realizado com aquilo que fiz”
Pedro Fraga Medalha de prata
tar Portugal, o que tem mais peso.”
Já os irmãos Afonso Costa e Dinis Costa alcançaram de forma surpreendente a medalha de bronze. “Melhor não podíamos pedir. Não éramos os favoritos, de longe. Nas últimas remadas, deixámos o corpo dentro de água e valeu a pena para vermos a nossa bandeira lá em cima”, afirmou Dinis. “Estamos a trabalhar para o apuramento olímpico, no próximo ano, mas o que importa é apurar o ‘double scull’ para estar lá”, referiu o irmão Afonso, com Dinis a recordar que “Tóquio é possível, mas só o futuro o dirá, porque há mais do que dois atletas a tentar entrar no barco”.