CLAQUES ESTÃO “PERDOADAS”
Sousa Cintra e Torres Pereira querem passar uma esponja no passado recente e acreditam em tempo novo
“As nossas claques vão dar exemplos de segurança, respeito e civismo” Sousa Cintra Presidente da SAD do Sporting
Rodeados de representantes de cada um dos quatro grupos organizados dos leões, os presidentes do clube e da SAD garantiram aos adeptos que o jogo com o Marselha vai decorrer com “toda a segurança”
Sentados ao lado de representantes das claques Juventude Leonina, Diretivo Ultras XXI, Torcida Verde e Brigada Ultras Sporting, que ficaram em silêncio, Sousa Cintra e Artur Torres Pereira destacaram ontem um “tempo novo” nas relações com os grupos organizados leoninos. “O que aconteceu em Alcochete e as tochas sobre o Patrício fazem parte do passado. Eu fiquei chocado. Mas temos de acreditar que vamos entrar num tempo novo. Uma das coisas importantes na vida é saber perdoar”, sublinhou o presidente da SAD.
De acordo com Cintra esse mesmo “tempo novo” será visível já no jogo de sábado, frente ao Marselha. “As nossas claques vão dar um exemplo de civismo e respeito, com segurança para os que gostam de futebol e vêm aqui a Alvalade. A família sportinguista tem de ter uma ética diferente e, seguramente, as claques vão dar uma lição ao país”, disse.
Por seu lado, Artur Torres Pereira elogiou a “autorregulação” dos grupos organizados no repúdio coletivo ao ataque à Academia. “O exercício de responsabilidade feito pelas claques é revelador da responsabilidade com que encararam acontecimentos graves num passado recente. Acontecimentos análogos passam-se noutros lados e não vemos esse exercício, porque não é reconhecido pelos clubes”, afirmou, referindo-se às claques ilegais do Benfica. Por fim, Torres Pereira também negou a existência de uma dívida de 1 M€ da Juve Leo ao Sporting, reconhecendo, porém, que a conta corrente entre as partes tem de ser apurada com “maior periodicidade”.