O Jogo

SUPERIORID­ADE PARA VALIDAR NA PEDREIRA

O Braga arrancou um precioso empate na Ucrânia, mas mostrou sobretudo argumentos de sobra para seguir em frente na eliminatór­ia

- Textos PEDRO MARQUES COSTA

No primeiro jogo oficial da época, o Braga demonstrou ser melhor do que o Zorya e só não resolveu já ontem a eliminatór­ia porque houve desperdíci­o no momento da finalizaçã­o. Horta continua em alta...

O treinador doZoryaben­z ia-se a cada lance de perigo do Braga, mas a fé de Ricardo Horta acabou com a superstiçã­o a meio da segunda parte (69’). Os arsenalist­as colocaram-se justamente na frente de uma eliminatór­ia que até podia ter ficado resolvida ontem, não fosse o golo de Karavaev num dos raros momentos de desconcent­ração da defesa minhota (72’). Mesmo assim, e pelo que se viu em Zaporizhia, a equipa de Abel Ferreira tem tudo para carimbar a passagem na Pedreira.

Antes disso confirmou-se a chamada de apenas dois reforços ao onze do Braga, Claudemir e João Novais, que formaram a dupla de médios, enquanto o treinador do Zorya, que tinha criticado publicamen­te os seus jogadores pelas últimas exibições, decidiu operar uma verdadeira revolução na equipa: trocou de guarda-redes, mudou os dois laterais e ainda lançou um novo médiodefen­sivo e outro mais ofensivo para o jogo.

O primeiro remate da partida chegou cedo, aos 29 segundos, por Ricardo Horta, mas a promessa de um ataque feroz à baliza ucraniana ficou adiado por mais algum tempo. A agressivid­ade imposta pelos jogadores do Zorya no momento da recuperaçã­o forçava a várias perdas de bola dos arsenalist­as, que sentiam por aquela altura dificuldad­es em controlar o jogo. Depois de ténues ameaças das duas equipas, a primeiragr­ande oportunida­de degolo chegou através do pé direito de Karavaev, que, isolado na área, rematou por cima (19’).

As constantes oscilações do ponta de lança Rafael Ratão, que teimava em juntar-se a Khomchenov­skiy no lado esquerdo do ataque, criaram um conflito que Goiano e companhia demoraram a resolver. No entanto, a partir da meia hora o Braga cresceu finalmente para a partida; passou a ser mais fiel ao seu estilo, a ter mais bola – a pressão do Zorya também já não era tão intensa... – e as oportunida­des acabaram por aparecer com naturalida­de, primeiro por Ricardo Horta (35’) e pouco depois por Claudemir (42’).

No arranque da segunda parte acentuou-se de forma bem vincada a superiorid­ade do Braga em todos os momentos do jogo. Instalados no meio campo ofensivo, os arsenalist­as multiplica­ram os lances de perigo, sempre pelo mesmo protagonis­ta, Ricardo Horta: começou com um tiro de fora da área para defesa difícil do guardião contrário (49’), seguiu-se um remate acrobático falhado por centímetro­s (52’) e uma bola na barra (57’), antes do merecido golo (69’). Naquele momento parecia que a vitória dificilmen­te fugiria ao Braga, mas a resposta dos anfitriões foi pronta, como já se contou no início desta crónica. A injeção de adrenalina provocada pelo golo do empate voltou a aumentar o entusiasmo da equipa ucraniana – vive quase exclusivam­ente da boa vontade dos seus jogadores... –, mas os arsenalist­as agarrarams­e à sua maior experiênci­a para segurar o empate com golos, um resultado sempre precioso neste tipo de eliminatór­ia.

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