O Jogo

SEM TEMPO PARA A TEORIA DE KLOPP

Na primeira entrevista desde a chegada a Matosinhos, o técnico Filipe Gouveia disse a O JOGO que a equipa está pronta para o arranque

- MIGUEL RIBEIRO

“Não gosto de pontapé para a frente. Gosto de futebol apoiado desde trás...”

Filipe Gouveia

Treinador do Leixões

Filipe Gouveia chegou ao Leixões há pouco mais de mês e meio e fez, para O JOGO, um balanço do trabalho que tem realizado num clube de quem “é quase impossível recusar um convite para treinar”

A um dia do arranque da II Liga, altura em que o Leixões vai deslocar-se ao reduto do Benfica B para a primeira jornada da prova, Filipe Gouveia admite que “o plantel ainda não está fechado, ainda vão chegar jogadores e outros sairão”. Mesmo assim, o técnico considera que “a equipa está pronta para dar uma boa resposta, logo perante um adversário que tem vários campeões europeus de sub-19”.

“O Jürgen Klopp [n.d.r. treinador do Liverpool] diz que uma equipa só atinge o seu melhor momento três anos depois da sua construção, mas, naturalmen­te, aqui não há tempo para essa teoria”, sustenta Filipe Gouveia, acrescenta­ndo: “Temos adeptos exigentes, que gostam muito de futebol e deste clube. Por vezes, mesmo que percamos, como aconteceu no Feirense, se virem entrega e dedicação total não deixam de apoiar”. Assim, apesar do “bom trabalho do plantel, que tem aceite bem as ideias e colocado em prática o que lhe é pedido, é provável que o Leixões com a imagem nítida pretendida surja apenas em setembro”. E o tipo de jogo a implementa­r pelo técnico que, recorde-se, já teve passagens por Boavista, Académica, Salgueiros, Santa Clara e Covilhã, está bem definido: “Não gosto de pontapé para a frente. Gosto de bom futebol, de jogo apoiado desde trás, pelos médios, que os defesas não tenham medo de ter bola, mas que a equipa saiba também jogar um futebol mais feio, mais direto, quando isso é necessário.”

Quantoaos objetivos, “o presidente e o técnico estão em perfeita sintonia, ou seja, será para andar na metade superior da tabela e, em dezembro, ver se é possível mais e, se for o caso, fazer ajustes”, refere Filipe Gouveia que, como em anos anteriores, acredita que há candidatos assumidos à partida: “Equipas como Académica, Estoril ou Arouca são fortes candidatos à subida mas, como já disse, por vezes o orçamento não basta...”

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Filipe Gouveia tem a missaõ de lutar pela subida dos matosinhen­ses

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