O Jogo

CITY DE BERNARDO É ALVO A ABATER

Liverpool foi o clube que mais investiu para dotar Klopp de condições para pôr fim ao jejum que dura desde 1990. Mas M. United de Mourinho, Chelsea, Tottenham e Arsenal prometem dar luta

- ANTÓNIO PIRES

INGLATERRA

Campeã com avanço impensável em 2018, a equipa de Pep Guardiola terá forte concorrênc­ia pela coroa do futebol inglês

Arranca hoje mais uma edição da Premier League inglesa, o campeonato que, merecidame­nte, mais atenções alcança no mundo inteiro pela sua espetacula­ridade e qualidade dos muitos craques que aí alinham. Na época passada, o Manchester City foi campeão com uns impensávei­s 19 pontos de vantagem sobre o rival United e não deu hipóteses. A equipa de Guardiola arrancou a temporada com novo título, batendo o Chelsea (2-0) na Supertaça, com exibição de luxo de Bernardo Silva. Prova de que a qualidade dos citizens continua intacta, apesar de terem contratado apenas Mahrez para juntar a um plantel de enormíssim­a qualidade.

Para manter a coroa do futebol inglês, os citizens não podem baixar a bitola, até porque são vários os fortes candidatos a tirar-lhe o trono. E ao contrário de outros anos, o maior talvez seja o Liverpool, vicecampeã­o europeu em maio passado. O jejum dos reds começou em 1990 e o clube está determinad­o a acabar com ele. Por isso puxou dos cordões à bola e investiu 182,2 M€, mais do que qualquer outro emblema, em quatro reforços: Alisson, Keita, Fabinho e Shaqiri. Klopp continua ainda a contar com o tridente ofensivo formado por Salah, Firmino e Mané, além de todos os principais jogadores do plantel. Ou seja, não tem como arranjar desculpas para justificar um eventual insucesso.

Vice-campeão em 2018, na segunda época no United, Mourinho não teve o mercado e os reforços desejados. O clube esteve pouco ativo, mas gastou, ainda assim, mais de 80 M€ no médio Fred e no lateral Dalot (ex-FC Porto). De qualquer forma, os red devils, que investiram bastante na construção do atual plantel, inclusive em jogadores escolhidos pelo Special One, terão sempre de ser apontados como fortes candidatos ao título. Na capital, Londres, estão sediadas as outras três equipas com maior potencial e que à partida podem ter uma palavra a dizer. Campeão há dois anos e longe dessa corrida na época passada, o Chelsea trocou Conte por Sarri, outro treinador italiano, e contratou dois jogadores por 137 M€, transforma­ndo Kepa (80 M€) no mais caro guarda-redes do mundo, sendo que o espanhol terá a difícil tarefa de fazer esquecer Courtois (saiu para o Real Madrid). No Arsenal terminou o longo reinado de Wenger (quase 22 anos) e começa agora a era Emery, que chega do PSG. Quatro reforços – e 79 M€ de investimen­to – foram o que recebeu para colocar os gunners no topo, depois de um sexto lugar. O jejum do Arsenal no campeonato, recordese, também já vai longo: 14 anos.

Por fim, o Tottenham é um caso muito especial entre os favoritos aos primeiros lugares. O argentino Pochettino liderou os spurs a dois tercei- ros (2016 e 2018) e um segundo lugar (2017) nos últimos três anos e tem como meta a qualificaç­ão para a Champions. O título que o clube não ganha desde 1961 parece, apesar de tudo, improvável. Mas o que faz do Tottenham especial é o facto de ter sido a única equipa sem reforços ou vendas neste defeso, tendo-se concentrad­o em renovar com as suas principais estrelas, com Harry Kane à cabeça.

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