O Jogo

Sérgio exige o bis

Treinador distinguid­o chamou o grupo ao palco e pediu ao clube que assumisse a responsabi­lidade do título

- ANA LUÍSA MAGALHÃES

Casillas: “Sou portista por adoção” Aboubakar operado a rotura de ligamentos

O Coliseu do Porto recebeu a família portista numa noite em que o título de campeão nacional e os 125 anos do clube estiveram em evidência. Pinto da Costa terminou o discurso de 20 minutos em lágrimas

Sob a comemoraçã­o dos 125 anos do FC Porto e com o sabor do título de campeão nacional, a família azul e branca homenageou ontem, no Coliseu, as figuras que se destacaram na última época. Ao contrário do que é habitual, os Dragões de Ouro não eram conhecidos de antemão, apesar de O JOGO ter adiantado as distinções de Iker Casillas como atleta do ano e de Sérgio Conceição como treinador do ano. E o momento em que este último subiu ao palco acabou por ser um dos mais marcantes: o técnico chamou para junto de si todos os elementos do plantel para partilhar a homenageme­recebeuuma­enorme salva de palmas. Já no final da noite, no discurso de encerramen­to, Pinto da Costa frisou que mesmo que não tivesse conquistad­o o título, Sérgio seria o treinador do ano. “Pela atitude, vontade edemonstra­çãodeamora­oFC Porto”, vincou Pinto da Costa. “As negociaçõe­s foram difíceis, mas a tua vontade de voltar ao FC Porto era grande. Só perdeste metade do salário...”, brincou. Já sobre Alex Telles, o presidente admitiu que a “escolha foi muito difícil”, mas valeu “a importânci­a como atleta e a forma como vive e sente o FC Porto”. “Nunca me esqueço de que no dia em que conquistas­te o teu primeiro título, te agarraste a mim e disseste: ‘Presidente, eu amo este clube’”, revelou, ele que também fez uma menção especial a Aboubakar, ausente por ter sido operado (ver página 21), e não se esqueceu de nenhum dos galardoado­s, como é típico.

Mas houve outros momentos de emoção, como o Dragão de Ouro para Fernando Brandão (Moreno), o roupeiro que foi aplaudido de pé por plantel e equipa técnica, ou a promessa de Luís Gonçalves, diretorger­al que recebeu o Dragão de Ouro para quadro do ano: “Aquiloquep­rometemosé­que queremos ganhar e é isso que vamosfazer.”JáMatosFer­nandes, presidente da Assembleia Geral, foi surpreendi­do com a distinção – “Desculpe, mas esqueci-me de lhe dizer”, ironizou Pinto da Costa – mas aproveitou o momento para mandar uma bicada: “Antes de chegar ao futebol [é juiz] andei pior acompanhad­o.”

O futebol dominou os prémios, com Diogo Costa e Diogo Leite a serem distinguid­os, respetivam­ente, como revelação e atleta jovem do ano,

Matos Fernandes, presidente da Assembleia Geral, não sabia que iria ser homenagead­o

eles que são, para Pinto da Costa, “a garantia de que o futuro está assegurado”. O ciclista Raúl Alarcón, vencedor da Volta a Portugal, foi considerad­o o melhor atleta de alta competição.

Fora do âmbito desportivo, destaque para o parceiro do ano, atribuído à Câmara Municipal do Porto, na consolidaç­ão das boas relações entre a autarquia e o clube. “A câmara tem de zelar por todos os munícipes”, sublinhou Pinto da Costa, que lembrou que “amanhã é o primeiro dos últimos dias das nossas vidas, mas que o FC Porto será eterno”.

No final de cerca de 20 minutos de discurso sem papel, o presidente dos dragões emocionou-se ao recordar D. António Francisco dos Santos, bispo do Porto falecido em 2017, e com a voz embargada, terminou com um grito: “Viva o Futebol Clube do Porto!”

“Amanhã [hoje] é o primeiro dos últimos dias das nossas vidas, mas o FC Porto é eterno”

Pinto da Costa

Presidente do FC Porto

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