O Jogo

NO TRILHO DA GAZELA

RAPHINHA SÓ PRECISOU DE 11 MINUTOS PARA ILUMINAR O CAMINHO DO LEÃO

- Textos ANTÓNIO PIRES

Extremo sofreu penálti depois de lançado por Jovane

José Peseiro: “Jogámos com três titulares da época passada”

Bruno Fernandes e Montero, estreia a marcar na liga, abatem um pobre Marítimo. Triunfo justo, mas sem grande brilho, cola leões a Braga, à condição, e a Rio Ave, com Benfica e FC Porto na mira

Uma jornada depois de ter sofrido em Braga a primeira derrota no campeonato, e na época, o Sporting manteve o registo cem por cento vitorioso em casa: três triunfos na liga, um na Taça da Liga e um na Liga Europa. Pela segunda vez esta época impôs-se ao Marítimo em Alvalade, ontem por 2-0 e ainda com maiores facilidade­s que no dia 16, quando bateu os insulares por 3-1 na Taça da Liga. Um triunfo que coloca os leões a par de Braga (menos um jogo) e Rio Ave na classifica­ção e a um e dois pontos de distância de Benfica e FC Porto, respetivam­ente, antes do clássico que poderá capitaliza­r se ganhar a seguir em Portimão.

Sem Nani por opção e Battaglia por lesão, Peseiro apostou no jovem e talentoso Jovane para jogar à esquerda e no experiente Petrovic para formar uma parede no meio-campo com Gudelj. De resto, nada de novo em relação à partida na Pedreira.

Apesar de igualados em pontos antes do jogo, as duas equipas nunca estiveram ao mesmo nível, em particular até ao intervalo. Os leões entraram determinad­os, a pressionar­em alto e procurando jogar em velocidade pelas alas. E foi desse modo que engoliram um Marítimo encolhido, incapaz de trocar a bola e onde Danny se revelava uma sombra do jogador que foi em tempos: acumulou passes errados e perdas de bola. Os primeiros sinais de perigo foram dados pelo irrequieto Montero: aos cinco minutos agarrado por Zainadine, que viu amarelo, quando embalava para a área, depois de roubar a bola ao defesa insular; aos 9’ num cabeceamen­to perigoso ao lado.

Mas foram os extremos, uma vez mais, a desbloquea­r o jogo para o Sporting, num lance em que o talento de Jovane sobressaiu na arrancada e passe e Raphinha fez uso da velocidade para conquistar o penálti que daria o 1-0, por Bruno Fernandes. Se a equipa de Peseiro estava por cima e tranquila na partida, mais ficou. Ganhava invariavel­mente os duelos no meio-campo, os defesas anulavam à nascença as tímidas investidas do Marítimo e faltava apenas melhor decisão no último passe, nomeadamen­te em vários cruzamento­s de Ris tovski, paratrans formar ataques em eventuais golos. O 2-0 chegou, ainda assim, na sequência de um livre de Raphinha e com oportunism­o de Montero na área a faturar o primeiro golo nesta liga.

Tudo fácil, tudo decidido... perante a fraca oposição que levou o Sporting a entrar em modo de gestão, quase abdicando de atacar, sobretudo em velocidade. O ritmo de passeio quase custava um golo sofrido nos descontos do primeiro tempo – valeu o corte esforçado de Acuña a impedir a bola de chegar a a Danny para finalizaçã­o fácil. O aviso não levou o Sporting a retomar o ritmo mais elevado, pelo contrário e só a espaços Raphinha e Jovane, trapalhão após o descanso, agitavam o jogo para desespero de Montero que procurava manter a equipa subida. O Marítimo cresceu, chegou a acreditar que poderia marcar, mas nada feito. Salin fez apenas uma defesa e poucos mais sustos teve. Mas, de tanto querer controlar, Peseiro não se livrou de ouvir assobios de quem espera mais e melhor. Deu ainda para o regresso de Mané aos relvados...

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 ??  ?? Bruno Fernandes inaugura o marcador de penálti e Gudelj prepara-se para comemorar com o companheir­o
Bruno Fernandes inaugura o marcador de penálti e Gudelj prepara-se para comemorar com o companheir­o
 ??  ?? Jovane foge a Bebeto e cria mais um lance de perigo para a equipa leonina
Jovane foge a Bebeto e cria mais um lance de perigo para a equipa leonina
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