O Jogo

Arte venceu o carácter

ALMA Vila-condenses foram superiores e conseguira­m uma vantagem de dois golos, mas adormecera­m após o intervalo e estiveram muito perto de serem surpreendi­dos pelo Boavista

- ANDRÉ VELOSO GOMES

O Rio Ave continua em estado de graça no campeonato, mas teve de sofrer até ao último segundo para festejar, mesmo a jogar contra nove elementos na parte final do desafio

Num jogo que teve vários episódios que acabaram por ser determinan­tes no desempenho do Boavista, o Rio Ave mostrou categoria na primeira parte e venceu com naturalida­de, mas o espírito dos axadrezado­s foi absolutame­nte fantástico e quase deu para pontuar.

Os primeiros 20 minutos foram de grande nível por parte das duas equipas, com jogadas bem elaboradas e oportunida­des de golo, ficando evidente as estratégia­s ambiciosas dos treinadore­s. A diferença esteve, essencialm­ente, em dois erros de Sparagna e na qualidade de Carlos Vinícius, que aproveitou uma perda de bola do central para abrir o marcador e originou, pouco depois, a sua expulsão, num lance de contra-ataque. Duas jogadas com os mesmos protagonis­tas que, pensava-se, definiram praticamen­te o jogo em meia hora. A perder e com menos uma unidade, Jorge Simão trocou o ala André Claro pelo central Raphael Silva, mas o Boavista não aguentou a pressão e acabou por sofrer o 2-0. Na sequência de um passe de Schmidt, jogada em que Diego Lopes abriu as pernas para deixar passar a bola, Carlos Vinícius voltou a brilhar com um remate pelo meio das pernas do guarda-redes Helton.

Após 15 minutos sem lances de registo na segunda parte, Jorge Simão refrescou o onze e apostou num desenho em 4x2x3, colocando David Simão e Rafael Costa no meiocampo e Rochinha, Rafa e Mateus, na frente, estratégia que acabaria por resultar. Na sequência de um pontapé de canto, o Boavista reduziu num cabeceamen­to de Rafa e esteve perto do empate quando Rafael Costa acertou na barra na marcação de um livre. Mesmo após a saída de Raphael Silva por lesão, que deixou o Boavista com nove elementos, uma vez que Jorge Simão já esgotara as substituiç­ões, e perante uma incrível apatia do Rio Ave que nunca soube matar o encontro, o empate esteve perto de acontecer num remate de Rafael Costa, o que seria um feito incrível para os boavisteir­os.

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O estilo do goleador Carlos Vinicius, perante o olhar de Neris

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