O Jogo

José Peseiro “Aos nossos jovens de vertigem, peço para ter bola”

Treinador do Sporting reconhece que leões fizeram os melhores 20 minutos em casa no primeiro tempo, porém alertou jogadores para o risco de “partirem” a equipa após o 2-0

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Técnico vinca o desempenho de uma equipa com pouca experiênci­a a jogar junta e pede apoio aos menos utilizados, confirmand­o que os assobios perturbam o controlo das incidência­s da partida

À ida para os balneários, o Sporting vencia por 2-0 e praticava um futebol envolvente, rápido. Mudou muito na segunda parte e as duas faces da mesma equipa guiaram a explicação de José Peseiro quanto ao nervosismo que admitiu sentir nos segundos 45 minutos. “Sim, o jogo estava perigoso. Fomos obrigados a baixar as linhas e o Marítimo, mesmo tendo apenas uma grande oportunida­de de golo, já no final do jogo, é uma boa equipa. Tivemos problemas em gerir o jogo. Temos jovens que gostam da vertigem de jogo, bem diferente da equipa do ano passado, e peço-lhes para ter a bola, para descansar”, elucidou na conferênci­a de Imprensa, deixando clara a ideia de que “nem sempre é bom atacar sempre”, de forma a “não partir o coletivo.” A vitória, porém, não tem discussão para o ribatejano. “Fizemos os melhores 20 minutos em casa. Mesmo quando fomos mais comandados, não houve perigo por parte do Marítimo e ganhámos bem, respondemo­s bem a uma derrota”, apontou, em referência ao Braga, vincando que a fadiga não o preocupa em demasia: “Recuperar ganhando é melhor do que não ganhando.” Sem querer alimentar o clássico de Benfica e FC Porto na semana passada, dizendo que “o próximo jogo é sempre o mais importante”, Peseirorec­ordou que a fluidez do jogo leonino depende de tempo. “Estamos num processo. Basta dizer que iniciámos o jogo com três titulares da época passada [Coates, Bruno Fernandes e Acuña]. Gosto muito de todos os nossos jogadores e peço apoio aos nossos atletas menos utilizados”, afirmou, destacando o “bom” desempenho de Petrovic e confirmand­o que os apupos na segunda parte geraram instabilid­ade: “Não é uma exigência, mas peço que guardem os assobios para o final. Não faz mal ao mundo diminuir o ritmo de jogo. Os atletas têm dado provas de união e de compromiss­o; merecem a tolerância dos adeptos.” Fredy Montero voltou aos golos e Peseiro brincou com a situação. “Disse que ele ia marcar, não disse? Ainda bem que fez golo, já o merecia”, asseverou, passando a Jovane, pela primeira vez titular no campeonato, repetindo a presença no onze frente ao Marítimo para a Taça da Liga: “É um miúdo que tem a perspetiva de atacar sempre. Tem um nível muito bom. Enquanto o colocam na primeira página, vamos falando com ele. Está no céu, mas queremos que todos os dias sinta a terra. Não queremos que saia da estrada. No caso dele, está a ser especial porque está a ser muito rápido.”

“Vitória justa, mas o jogo esteve perigoso. Não o gerimos bem nalguns momentos”

“Nem sempre é bom atacar sempre. É um processo. Recordo que jogámos com três titulares da última época”

“Peço que guardem os assobios para o final. Atletas merecem tolerância”

“Jovane está no céu, mas queremos que sinta a terra, sem que saia da estrada”

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Montero ainda não marcara esta época e voltou aos golos para a Liga sete meses depois

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