O rei voltou
Tão certo como as queixas dos treinadores sobre os árbitros quando perdem, tão inevitável como uma polémica por jornada, tão incontornável como uma chicotada psicológica à 10.ª ronda do campeonato, cada nova temporada de futebol traz com ela um novo FIFA. A última versão do simulador de futebol da Electronic Arts é a materialização daquela máximo do futebolês segundo a qual, em equipa que ganha não se mexe. E a verdade é que, à primeira vista, as diferenças entre FIFA 19 e o antecessor não são fáceis de detetar. O que até pode ser uma coisa boa. Afinal, os veteranos da série e a verdadeira legião de adeptos do jogo que se têm mantido fiéis à marca não vão precisar de muito tempo para se sentirem em casa. Há algumas afinações na jogabilidade, que não passarão despercebidas aos mais atentos, mas são questões de pormenor que não alteram o essencial: não há aqui espaço para nenhuma revolução. O que temos é uma evolução na continuidade, com FIFA 19 a oferecer os mesmos trunfos de sempre: um simulador realista, completamente licenciado, com acesso a todos os principais campeonatos, jogadores e estádios de todo o mundo. Para além disso, há a inevitável conclusão da saga de Alex Hunter, no modo The Journey e melhorias significativas nos modos online onde grande parte dos jogadores vão passar a maior parte do tempo. Talvez esta seja a melhor versão de FIFA de sempre, a mais refinada e completa, mas começa a ficar no ar a sensação de que o jogo estagnou numa fórmula que ameaça ficar estafada.