O Jogo

“Adversário trocava as vitórias pelos títulos” RUI VITÓRIA

Troféus O treinador das águias lembrou que sob o seu “reinado”, houve seis conquistas e o FC Porto só alcançou duas

- PAULO NUNES TEIXEIRA

“Respeitem o meu trabalho. Já chega de se olhar para o lado que se quer. Nos últimos anos há um trabalho que tem de ser altamente reconhecid­o” Rui Vitória Treinador do Benfica

Para o timoneiro dos encarnados, o Benfica não se deixa intimidar pelo adversário e o resultado do clássico com o FC Porto terá um peso relativo no desfecho deste campeonato

Confrontad­o com a ausência de triunfos sobre o FC Porto sob o seu comando, o treinador do Benfica abriu o livro e recordou as conquistas passadas.

Como vai apresentar-se o Benfica?

—O Benfica terá de ser uma equipa muito rigorosa, concentrad­a e muito competitiv­a. Temos de ser uma equipa muito ambiciosa, que saiba interpreta­r todos os momentos do jogo. Estes jogos são rodeados de grandes níveis de concentraç­ão e são os pequenos pormenores que vão fazer a diferença. Mas vamos jogar em nossa casa, diante do nosso público e vamos querer ganhar.

Nunca venceu o FC Porto desde que está no Benfica. Sente que é uma espinha atravessad­a?

—Não tenho que sentir. Sob o meu reinado, nas provas disputadas com o FC Porto, temos seis títulos, enquanto FC Porto e Sporting têm dois cada. É uma verdade e, se calhar, a outra equipa trocava já isto direto. Já começo a ficar farto, é uma falta de respeito, quando só queremos ver o copo meio cheio e não meio vazio. Este estádio foi construído há 15 anos e houve três vitórias com o FC Porto. É um problema de Rui Vitória, Jorge Jesus, Quique Flores, Camacho, Fernando Santos... É um problema de todos os antecessor­es. Neste formato, a Liga dos Campeões está formada há 25 anos [bate com a mão na mesa]. Sabem quantas vezes o Benfica passou a fase grupos? Cinco, duas delas comigo. Se fosse fácil, teria passado sempre. E os jogos fora sem ganhar na Liga dos Campeões? Têm ideia de quantas equipas ganharam fora de casa na última jornada? Foram duas, o Manchester City e o Benfica [ndr: venceram também Schalke, Intere-Barcelona]. Perguntem ao FC Porto se não queria ter os seis títulos em vez dos dois que teve. O Benfica não ganhava o tri há uma série de tempo e em 114 anos, nunca tinha sido tetracampe­ão. Há quantos anos não havia tantos “Os meus papás fizeram-me assim e não mudo. Há três pontos para ganhar e vamos ganhá-los, essa é a minha convicção” portuguese­s na equipa? Averiguem os jogadores que têm ido às seleções. Amanhã [hoje], há três pontos para ganhar e vamos ganhá-los, é a minha convicção. Respeitem o meu trabalho. Acredito piamente nesta fórmula e é assim que gosto de estar na vida e vou continuar, porque os meus papás me fizeram assim e não mudo. Não gosto de estar com espalhafat­os, mas alto, já chega de se olhar para o lado que se quer. Nos últimos anos, há um trabalho feito aqui dentro que tem de ser altamente reconhecid­o.

Face aos resultados nos últimos anos, o Benfica sente-se intimidado pelo FC Porto?

—Às vezes acontecem e vamos com grande determinaç­ão para ganhar. Nem nós intimidamo­s os outros, nem os outros a nós.

Que peso terá o resultado no desfecho da liga?

—Nunca podemos dizer qual é o jogo decisivo, porque todos são finais. Às vezes, em 15 dias faz-se um campeão e um derrotado. Num minuto tudo se altera e nós estamos a fazer o nosso processo e em 13 jogos temos uma derrota com o Bayern. É um processo longo e quaisquer três pontos são importante­s.

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