Acelerar em direção ao Brexit
F orza Horizon 4 escolheu Inglaterra como cenário. Não deixa de ser uma oportunidade única e, considerando a inevitabilidade do Brexit, provavelmente irrepetível para percorrer as estradas do Reino Unido a velocidades que a União Europeia certamente consideraria desaconselháveis. Tal como acontecia com os antecessores, Horizon 4 não tem quaisquer aspirações a ser um jogo realista. A palavra-chave aqui é di- versão, o que implica não apenas conduzir alguns dos melhores carros do mundo a velocidades perfeitamente ilegais, mas fazê-lo em estrada, por picadas, e também através de campos de milho e atravessando ribeiros e charcos. Na mesma corrida, é perfeitamente possível acelerar ao longo de uma autoestrada, apanhar um desvio para uma estrada secundária, cortar caminho através de uma plantação de batatas e acabar de prego a fundo numa praia com a espuma das ondas a bater no para-brisas. Tudo com uma qualidade visual verdadeiramente espantosa, que eleva esta entrega da série a níveis estratosféricos. Depois de ter acelerado ao longo das estradas da Riviera Francesa e pela vastidão da Austrália, Horizon 4 volta à Europa para explorar a variedade cénica do Reino Unido, complementada pelas alterações visuais e em termos de jogabilidade proporcionadas pelas diversas estações do ano. Com um catálogo gigantesco de carros para conduzir, com um mapa enorme para explorar e uma série de modos online que permitem partilhar a experiência com jogadores de todo o mundo, o jogo da Playground Games é um triunfo. Absolutamente obrigatório.