VISITANTE DE BOAS AÇÕES
Berto desequilibrou um jogo que prometia igualdade de forças. O Moreirense defendeu mal, teve uma expulsão escusada e ainda cometeu um penálti. Sadinos agradeceram as oferendas
Os sadinos aproveitaram os percalços alheios para construírem uma vitória folgada e conquistarem os três pontos, algo que não sucedia desde a ronda inicial. Berto foi super
A entrada prometedora do Moreirense antecipava uma refrega entusiasmante entre duas equipas a jogarem um futebol alegre, descomplexado mesmo perante um clima que convidava a banhos nas lindíssimas praias da Arrábida. E olhando para a disposição tática, assim a frio, até parecia que Ivo Vieira, que completou 70 jogos na I Liga, parecia mais empenhado na conquista dos pontos, ele que só atuou com um trinco e com dois extremos de rédea solta, sobretudo Heriberto, que foi o primeiro a causar perigo e Nenê o segundo. O Vitória parecia algo amarrado àquela dupla lenta de trincos – Semedo e Mikel – e com pouca capacidade de perfuração na muralha defensiva dos cónegos, mas que começou a meter água no posicionamento.
Ciente dessa lacuna, e com a ratice que lhe apanágio, Lito deu ordens para Berto se desviar para o centro e o grandalhão Mendy para a ala, por forma a aproveitar a velocidade do primeiro, que comeu de cebolada a lentidão dos centrais visitantes.
O resultado foi o previsível: Berto marcou aos 35’ depois de fugir a toda a gente e a perguntar a Jhonatan para que lado lhe atirava a bola. Vantagem com que se chegou ao intervalo, pese o Moreirense ter jogado bonito e com bola.
A segunda parte começou monótona, de estudo mútuo, atéNetoapareceremjogocom um pontapé nas bolas erradas. Cartão vermelho direto aos 55’ que amputou o visitante de uma unidade e que permitiu aos sadinos subirem de produção. Aos 71’, Halliche fez a primeira borrada ao cometer um penálti (a segunda foi aos 90’ quando viu o segundo amarelo). Beto bisou e ainda chegou ao hat trick a concluir uma jogada individual de Rúben Micael. Os vitorianos podiam ter marcado mais, mas chegou para pôr termo a um jejum de cinco jogos sem vencer e de dois meses sem triunfar em casa. Já os cónegos precisam de tomar calmantes.
“Ganhou a melhor equipa. Na primeira parte fomos melhores, mas não concretizámos. Não basta ter muita bola e jogar bonito”
Ivo Vieira
Treinador do Moreirense “Fizemos um jogo muito interessante, com três golos e oportunidades que podiam ter desequilibrado ainda mais o resultado”
Lito Vidigal
Treinador do V. Setúbal