DRAGÃO FOI ADULTO PARA RECUPERAR VANTAGEM
Após desbaratar seis golos de vantagem no segundo tempo, o FC Porto soube voltar a controlar o jogo e ganhar uma boa diferença, mas que não permite uma viagem tranquila a Minsk
O FC Porto venceu o SKA Minsk, por 34-29, no jogo da primeira mão da segunda ronda de qualificação da Taça EHF. A passagem à terceira e última ronda antes da fase de grupos depende agora da capacidade de os dragões de defenderem os cinco golos de vantagem, dentro de uma semana, em Minsk. A maturidade que demonstraram na parte final deste jogo terá de vir ao de cima.
O FC Porto surpreendeu os adversários, a meio do primeiro tempo, quando passou a atuar – e assim se manteve até ao intervalo – no ataque sem guarda-redes, ou seja, com sete jogadores de campo, o que lhe permitiu utilizar dois pivôs. Desta forma, apesar de ter sofrido três golos por ter a baliza descoberta, conseguiu ter seis de vantagem (18-12), quando faltavam menos de três minutos para o descanso. Nesse período brilharam António Areia e Fábio Magalhães (com seis golos), naquele que foi o melhor jogo do meia distância pelo FC Porto.
A maior frieza dos jogadores do Minsk permitiu-lhes reduzir antes do intervalo e o moral que então ganharam deu para entrarem para o segundo tempo mais eficientes. Daí que, com quatro minutos decorridos, tenham conseguido empatar a 18-18.
O FC Porto voltou a manter Quintana da baliza e mudou a postura com eficiência. Fábio Magalhães não entrou mais, mas o jovem André Gomes fez bem o lugar, sendo um dos elementos decisivos para o FC Porto ganhar de novo a vantagem que já tinha tido – 28-22 a nove minutos do fim.
Depois, o Minsk mostrou saber jogar com o relógio e não deixar os portistas cavar uma vantagem que poderia “matar” a eliminatória.
No último segundo, Miguel Martins, fruto de uma jogada combinada, fechou o marcador. Um golo lindo, em jogada aérea, que deu moral e pode ser importante para o futuro.
“Jogámos contra uma boa equipa e sair com cinco golos de vantagem é positivo”
“Cometemos erros na segunda parte que podiam ter saído caro, mas tivemos capacidade para recuperar”
Magnus Andersson Treinador do FC Porto