Algarvios caem na Cova
SURPRESA O Portimonense, da I Liga, não conseguiu impor o favoritismo no terreno do Cova da Piedade, que soube segurar a vantagem de dois golos alcançada na primeira parte
A equipa da Margem Sul surpreendeu taticamente o adversário, que entrou algo distraído. Hugo Firmino e Miguel Rosa deram vantagem ao Cova da Piedade, para depois resistir à reação algarvia
Na antevisão à partida, António Folha, treinador do Portimonense, tinha alertado para não existirem facilitismos sob pena de os algarvios sofrerem um dissabor. Certo é que a entrada da equipa visitante foi demasiado apática e os da casa responderam sem pudor. Apesar de uma contrariedade de última hora, resultante da indisposição no aquecimento de Pereirinha (cedeu o lugar no onze a Thabo Cele), o Cova da Piedade entrou em cena com fulgor e grande dinamismo ofensivo. Atuando sem ponta de lança fixo, mas com grande mobilidade ofensiva, o Cova acabou por conseguir surpreender o Portimonense, baralhado com o esquema tático do adversário. Dois remates perigosos de Hugo Firmino e Miguel Rosa deram o sinal mais ao Cova da Piedade, ainda antes do golo, que chegaria na sequência de uma hesitação defensiva. Ballack cruzou da direita, a bola ficou prensada entre dois jogadores e Hugo Firmino foi mais lesto a reagir na grande área, disparando para o 1-0. Sem Shoya Nakajima, que esteve ao serviço da seleção do Japão, e Paulinho, lesionado, a equipa do Portimonense perdeu dinâmica e criatividade, sendo uma sombra de si própria na primeira parte. Aos 33’, um desvio de Miguel Rosa deu o 2-0 ao Cova da Piedade, beneficiando de uma saída em falso de Ricardo Ferreira da baliza. Um desvio de calcanhar de Jackson Martínez para defesa de Moreira e um remate de Bóia foi tudo o que o Portimonense conseguiu criar até ao intervalo, e só não sofreu o 3-0 porque Lima Pereira errou por pouco a direção do cabeceamento. Na segunda parte, o Portimonense reagiu, mostrando maior envolvência pelos corredores laterais e reduziu por Dener, de cabeça, na sequência de um cruzamento acrobático de João Carlos. No entanto, a equipa da Margem Sul foi sempre muito solidária entre sectores e festejou no fim a passagem à quarta eliminatória da Taça de Portugal.