Amora-Belenenses 3-4
SUSTO Amora chegou a estar na frente com dois golos de avanço, mas o Belenenses não se deu por derrotado e, após boa reação, forçou um prolongamento onde acabou por se superiorizar
Duas bolas paradas cobradas pelo moçambicano Gildo semearam a esperança na equipa da casa, que só caiu no período extra, com um golo de Keita a centro de Diogo Viana
O Amora complicou a vida ao Belenenses e esteve perto de vestir o fato de tomba-gigantes, ao construir uma vantagem de dois golos que ameaçava vir a ser ainda mais dilatada, tal a entrada de leão da equipa da outra banda. Os do Restelo, no entanto, acordaram a tempo, anulando por duas vezes a desvantagem e, já no prolongamento, descolando para uma vitória que deixou desgostoso o entusiasmado público da casa.
Foi absolutamente esmagadora a fase inicial da equipa da casa, comum golo, seis remates e sete cantos conquistados em apenas 15 minutos. Num canto de Gildo, Tiago Duque fez o 1-0 de cabeça, não demorando o segundo, por Fidalgo, também na sequência de uma bola parada de Gildo, um dos três internacionais moçambicanos desta equipa que a tu ano terceiro escalão do futebol luso.
A festa nas bem compostas bancadas da Medideira era grande, alastrando mesmo ao relvado, com uma autêntica invasão de campo após o 2-0. Mas o Belenenses não se sentiu derrotado e reduziu num penálti de Eduardo, já depois de um outro falhado por Keita. Ambos pareceram bem assinalados, tal como o... seguinte, desta vez a favor do Amora. Diogo Tavares não falhou e as gentes da casa voltavam a cantar com orgulho. Nos descontos, porém, quando a equipa da casa pedia ao árbitro que um jogador seu fosse assistido, a bola chegou ao isolado Licá, que marcou à saída de Marreiros.
No prolongamento notou-se mais o cansaço no Amora do que no Belenenses e, apesar dos fogachos ofensivos de Edgar Marcelino, os dos Restelo chegaram-se à frente no marcador graças a um remate de Keita, já na pequena área, a desviar a um centro de Diogo Viana. Ficou um travo a injustiça para a briosa equipada casa, que teve o pássaro na mão, mas, deslumbrada, deixou-o fugir.
“Estivemos três vezes na frente, mas defrontámos uma grande equipa. Podíamos ter sido mais malandros e experientes. Tudo perfeito menos o resultado” Litos Treinador do Amora “Com mérito do Amora, o 2-0 era justo ao intervalo. Retificámos e depois fomos melhores. Foi sofrer até ao fim, numa vitória justa” Silas Treinador do Belenenses